sexta-feira, 22 de junho de 2012

Imperfeição perfeita!


Só me perdendo chegarás à conclusão que estiveste sempre a ganhar!  A vida não se define com cores ou com músicas, mas também não a vivemos a preto e branco nem tão pouco sem o som agradável de uma qualquer melodia, portanto… E eu bem sei disso, pois só me alegro a viver a cores e com excelentes canções! Mas viver a perfeição não é apenas isto, esta definição não faz da tua vida bela ou perfeita! Vive atento… a beleza é efémera, é subjectiva, e principalmente, é manipulada. O perfeito não se conjuga com todos os modos fúteis da vida! A imperfeição existe nas coisas mais belas da vida. Basta saber observar! Basta saber amar! Basta saber viver! Basta saber compreender! Vives na ânsia da perfeição, do modelo tipo, mas isso não existe… Até nas histórias de encantar existem as belas e os senãos… A perfeição só existe no fim da história, só sabes o que foi perfeito quando estiveres a chegar ao fim. Só depois de tudo o que nos foi pronunciado, de tudo o que nos foi realizado, e de tudo o que nos foi oferecido; só depois de tudo o que foi vivido é que sabemos onde existiu perfeição. Porque viver é observar a beleza das imperfeições e fazer de tudo o que vivemos algo perfeito (seja o que desejamos, ou não). E viver assente numa bela perfeição não faz da tua vida perfeita. A tua vida só será perfeita se aceitares as imperfeições! Tenta aceitar, basta para isso reflectires no que é perfeito ou imperfeito, e no que é belo aos olhos e ao coração. Se tudo mudar de tom, de cor, ou de som, basta-nos contentar com o imperfeito e construir nela uma nova perfeição. Mas tem cuidado como queres remediar as imperfeições de quem é perfeito para ti. De certo modo as imperfeições que renegamos e que abominamos, às vezes não passam apenas de pequenas quimeras que existem na perfeição. E na vida tudo é possível, podes sempre tropeçar cego na ânsia de uma quimera se transcender a ti. Se isso te acontecer, não será para te menosprezar, mas para aprenderes a valorizar a beleza que deixaste perder por não a teres como perfeita. Observa a vida de outro ângulo! Deixa de te amar apenas, ama o próximo! Vive apenas e só! E, principalmente, tenta compreender quem te ama de alguma outra forma. Ajusta-te à beleza das imperfeições. Duvida de tudo o que é perfeito, porque ou já existiu, ou estará para existir algo imperfeito. Viver com dualidades perfeitas / imperfeitas fará a tua vida bela, única, e perfeita… Hoje vivi eu um dia imperfeito, ontem viveste tu, eu continuei cá para ser aceite com as imperfeições que faziam de mim perfeita. Pois bem… Só valorizarás a minha beleza quando verificares que a imperfeição faz parte da minha perfeição! Desacostuma-te da falsa perfeição, redefine beleza, reaprende a amar, aprende a compreender cada pessoa com base nos defeitos (teus e das pessoas), e vive essencialmente para fazer alguém feliz. Só assim serás feliz e viverás na perfeição, e por muitos defeitos que existam na tua vida, acredita só assim ela será bela e perfeita. E não precisas negar-te ou mudar por mim… Basta ajustar a beleza do dia-a-dia a cada dia, e reajustar as imperfeições da vida. E acredita que só me aceitando como realmente sou viverás a perfeição e verás a beleza que tenho, esteja onde ela estiver! Basta acreditares que para haver perfeição temos que aceitar a imperfeição!

3 comentários:

PDelgado disse...

É verdade que não existe o "modelo tipo", mas todos procuramos o mais perfeito possível.
O que é "perfeito" aos olhos de alguns, pode ser menos perfeito aos olhos de outros... e não chegar a ser imperfeito.
A solução é mesmo "saber amar"... porque "quem feio ama, bonito lhe parece", como quem diz - quem imperfeito ama, perfeito lhe parece.
Mas, há imperfeições que podem "estragar" toda a restante perfeição, ou não? Se analisássemos em percentagem haveriam imperfeições que valeriam mais que outras? E em caso afirmativo, eu pergunto: até com que percentagem de imperfeição conseguimos amar?

TaViTa disse...

Pois... PDelgado... De facto ñ existe o "modelo tipo"! E quando disseste «perfeito aos olhos de alguns, pode ser menos imperfeito aos olhos de outros» não poderia deixar de concordar mais... A verdade é que há muitas, mas muitas imperfeições mesmo que estragam as relações nos dias de hoje. Ninguém quer facultar o quer que seja, outras pessoas achas que existem limites, e depois há as que nem sequer toleram determinado tipo de imperfeições, colocam à partida uma grande barreira entre as imperfeições e o querer vê-las como perfeição. Há muito mais estigma em pegar em verdadeiras perfeições e transformá-las em imperfeições, e com o contrário, para o tipo de pessoas que estigmatizm muito este tipo de dualidade nem sequer toleram determinadas imperfeições porque por e simplesmente ñ estão a fim!
Em relação até que percentagem de imperfeição conseguimos amar, isso já é assunto subjectivo demais, acho, cada um deve ter o seu número, e isso varia também com o factor tempo, e muito mais. ;)

PDelgado disse...

Exato, pura e simplesmente não estão a fim.
Agora, como disseste (e bem), a beleza "é manipulada" e a percentagem de imperfeição está relacionada "com o factor tempo". Acontece que, quando se diz que se ama, muitas vezes ainda não se viu tudo, a pontos de ter visto algo que possa vir a ditar o fim desse amor. Ou seja, quando se diz que se ama, devia ser uma espécie de garantia eterna em que, fosse qual fosse a imperfeição que aparecesse, esse amor nunca terminaria. Ora, isto seria um amor incondicional. É este tipo de amor que todos desejam ter. Não sei existirá entre pares, ou apenas entre pais e filhos. Mas, quando falo na percentagem, eu acredito que isso tenha pouco a ver com amor porque, quando se começa a quantificar e a qualificar... já não se está amando.
Ou nunca devíamos dizer que amamos, se esse amor está condicionado por algo que possa aparecer e ditar o fim (se dizem que o amor é eterno), ou estaremos mentindo quando o dizemos. Penso que o correto seria apenas dizermos que estamos 'apaixonados' ou 'gostando muito'...