quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Questionar...


Porquê este momento
Não me chega,
Para ver o sentimento
Que nunca senti?
Se ninguém
Me dá por um instante
Um olhar, um sorriso,
Uma pista, …
Ninguém me sente!
Se ninguém me vê,
Ou não quer ver
Talvez ninguém finja, …
Eu sou mesmo ninguém!
Eu sou ninguém,
Pelo simples facto de ninguém querer!
Os outros são alguém?
Têm simpatia?
Têm tempo para ter amigos, e
Para serem felizes?
Ninguém me faz feliz!
A felicidade troca-se,
Presta-se, dá-se aos amigos!
Amigos?
Será que os tenho?
Será que alguma vez tive?
Será que alguma vez vou ter?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Porquê amar?


Porque é que não sou amada?
Porque só os outros são outros?
Porquê eu sou eu?
Eu sou aquela que nunca vê
O seu sentimento
E o seu procedimento
De uma maneira mais chegada!
Talvez nem nunca seja isso,
Mas é que continuo parada…
Tu és aquele desafio,
Que eu nunca quero desafiar,
E talvez a uma conclusão eu chega,
Se for eu a ninguém amar!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Grito...

Por alguns momentos na minha vida apetece-me gritar: BASTA. Morar num mundo sadio e grátis transforma-nos em seres vulgares. Viver sem vontade para lutar e sem registo de felicidade remete-nos para uma desmotivação ideológica. Lutar para se ser único, conseguir, e de repente assassinarem-nos, é deveras um registo de desmoralização. Pretender ser polivalente nas relações interpessoais e não obter qualquer feedback positivo desaponta qualquer sonhador. E o que acontece quando não se tem voz para gritar? Diria que se começa a sentir-se preso à rede que os outros tecem à nossa volta, deixa-se de ter controlo nos nossos ideais, inicia-se uma fusão do correcto com o incorrecto, vive-se em prol dos outros! Mas, … NÃOO! Viver contrariado, sentir uma imensa incompreensão social, saber que te conhecem pelo ângulo contrário ao teu anseio pessoal, … É decepcionante… E é real, mas muitos de nós vivemos na margem do um ser que não é, que não pode ser, que não quer ser, que não deixam ser e que nem sabem quem é. Enfim… Gritar ajudaria na busca existencial de nós mesmos? Provavelmente não, palpitaria mesmo que resolve absolutamente nada. Então que fazer, se gritar apenas não basta? Histerizar, berrar, clamar por audiências de compreensão humana? … Com tudo isto a certa altura é-se visto como incapacitado mental… Tolinhos, doidinhos, parvinhos, tontinhos, são, um pouco, todos os que gritam BASTA! É que tem que se ser minimamente louco para se ser irreverente. E como ser-se esse louco irreverente que luta pela sua felicidade? Seria necessário passar por cima de quem amo? Teria que abandonar alguém? Teria que mentir? Precisaria ir contra os próprios princípios? Ou bastaria viver tal qual a alma entoa? De um modo ou de outro consegue-se! Basta começar por gritar, e por comunicar expressivamente que se é único e que cada um de nós não se rege por leis universais. É certo que se corre o risco de viver assente num mundo de loucura social, mas importaria isso quando sabemos que nem de loucura pessoal se trata? Pois é, … No fim tem que se ser minimamente louco: ser louco para enfrentar as controversidades da vida. Seremos nós capazes de viver como desejaríamos sem se ser o dito louco irreverente? Conseguiríamos nós gritar?

Farta de Tudo!


Estou farta,
Do mundo,
Da solidão,
De tudo o que me rodeia!
Não faço nada,
Paro e depois fico farta.
Farta de fazer de menos,
Farta de fazer de mais.
Eu só quero a paz,
A minha paz,
A paz de todo o mundo!
No mundo não há paz,
Então fico farta,
Farta daquilo que não é a Paz!
Não existe guerra,
Mas se também não existe a paz…
Então o que se faz?
Nada…
Porquê nada?
Estou farta,
Farta de tudo!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Porquê?


Porquê?!
Uma pergunta só!
Só esta pergunta
faz de nós outros!
A resposta por vezes
é agradável, mas…
Quando não é?
Quando não é,
questionamo-nos outra vez!
Porquê?
… e lá vai rodando o mundo
com estes porquês!
Porquê escrever este poema?
Pois, nem damos por ela e…
Porquê?!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ser como afinal?

Ser superior a alguém faz-me pensar! Ser irreverente para comigo mesma faz-me sonhar! E ser intransigente com alguém faz-me chorar! Pois é... ser um ser social é algo que é estudado por alguém que não nós mesmos. Mas, muito sinceramente, deveria de começar primeiramente por cada um de nós! Viver em sociedade é um facto e, irremediavelmente, tem que assim ser vivida. Mas há que admitir que querer viver numa esfera individualista tem a sua ousadia! Pensar, sonhar, chorar, ... Há que reflectir nas vivências que se tem e nas que se deseja vir a ter.
Muito fácil querer ser só nós mesmos, mas onde fica o dito estereótipo social? Serão estes dois mundos compatíveis? Ferir a sociedade para elevar o ego, ou ferir a alma para não ser envergonhado pela crítica? Tanto que se gostaria de fazer para se ser nós próprios! Deixar tudo, explodir, gritar, violar leis e crenças, ... Pois é, e as repercussões? É neste cruzar de vida que há alguém que nos estuda como um ser individual, mas será que esse alguém está desprovido de um todo? Não... De facto não está, e nunca vai estar. A resolução de problemas individuais vai sempre de encontro com os problemas da sociedade, com o que "está na moda"! Por exemplo, hoje em dia já não se soluciona determinadas questões pessoais do mesmo modo que no século passado. Porquê? A mentalidade evoluiu, pensa-se, sonha-se e chora-se por outros ideais! Seria neste ponto bom ser-se como se quer? ...
Penso que cada um de nós deveria ser o seu próprio psicólogo, o seu próprio conselheiro, ou o seu próprio anjo da guarda! E depois paro e penso: isso basta-nos? Não! Que vida levamos nós se não possuirmos um ideal a seguir? E se não houver uma meta a cumprir, mesmo que lineada a partir da vida de quem nos acompanha? É neste choque entre individualismos e socialismos que somos obrigados a (sobre)viver. E nesta passagem terrena que filosofia adoptar? Ser bivalente? A escolha cabe a cada um de nós! Seria óptimo voar de uma ideia para a outra consoante o tipo de vivências. Mas talvez a opção ideal seja mesmo ser plausível na escolha destes mundos, sem nunca cair na solidão ou no histerismo mundano que se vive hoje em dia na nossa sociedade. Diria mesmo qualquer coisa como: ser-se nós próprios qb!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O que chega para amar


Não olhes mais,
Tu já olhaste!
Não fales mais,
Tu já falaste!
Não venhas mais,
Tu já vieste!
Não faças mais nada,
Porque tudo o que já fizeste
Já chegou para te estimar!
Se fizeres mais alguma coisa,
Sem querer, eu posso te amar! ...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Amizade


A Amizade,
Que podemos fazer com ela?
A amizade não se dá, conquista-se!
Para ganhar a Amizade
Há que criar laços,
Há que cativar!
Mas para quê?
Se não a podemos agarrar?
Mas como?
Se não a podemos comprar?
A Amizade é um poço sem fundo!
Há que lembrarmos
Da Amizade todos os dias,
E só assim seremos felizes!
Se pensarmos na tristeza
A Amizade combate-a!
E com paciência e ritual,
Eis a Amizade!

[Realizado num teste de Língua Portuguesa do 9º Ano de Escolaridade (1999/2000)]

domingo, 26 de outubro de 2008

Tu...


Quando não estou,
Tu estás!
Quando eu estou,
Tu não estás!
Quando amanhece em mim
Anoitece em ti!
Quando algo desperta em ti,
Adormece em mim!
Se Tu e Eu totaliza Nós,
Porquê nunca está
No mesmo ponto que Tu?
Tu pode ser um “tu” qualquer…
Mas mesmo podendo ser um qualquer,
Porquê nunca está na mesma posição?...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Falta de Sentimentos










Tenho que escrever um poema,
De mil palavras,
De mil cantos,
E mais outros tantos!
Mas espera…
Espera por mim,
Pelos meus sentimentos
E pelos meus pensamentos
Que eu nunca senti!
E até eu escrever esse poema
Ainda não consegui palavras,
Portanto eu continuo à espera!
À espera de tempo,
De lugar
E de motivo
Para um sentimento!
Somente quando os achar,
Eis o meu poema,
Enquanto não os achar
Eu tenho que esperar!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Como Encontrar a Paz Interior

Um dia destes, depois de mais uma sessão de stress psicológico, pus-me a pensar: Como encontrar a minha paz interior? No momento não havia a menor ideia de encontrar resposta a tal questão. Que me lembrei entretanto? Já que me encontro com nenhum suporte humano para me ajudar nesta busca existencial, porque não procurar quem tem ouvidos para me escutar, e compreensão para apoiar e reprovar. Respirei fundo e assim saí de casa, pronta para resolver um pouco essa minha questão. Posso dizer que foi um dia bom! Procurei uma simpática amizade, um suporte justo e amigo, alguém que surgiu do nada e que irá até onde a vida deixar ! À conta dessa amizade costumo às vezes questionar qual será o mais belo sentimento! É que para mim a amizade tem-me realizado muito mais que qualquer outro sentimento, e até que qualquer outra acção humana; é que nem os meros "miminhos hipócritas" me suscitam qualquer interesse... Gosto da simplicidade humana! E por gostar da simplicidade é na amizade que procuro respostas a todo um mar de dúvidas existenciais! E com isto lá fui eu... Foi relaxante, senti-me livre durante uma tarde, parece-me que talvez tenha encontrado um pouco dessa paz interior. E o mais simbólico foi o ter tempo para dar a mão ao próximo. Aproveitei a ocasião para dar um pouco de mim a alguém... Dar a mão a alguém tão próximo e ao mesmo tempo tão distante... Ser solidário no limite da condição humana é algo indescritível, fez-me sentir humana, diria até que desfrutei um pouco de paz interior. É nestes momentos que verificamos a existência de sentimentos escondidos e que com eles temos força para dar o nosso apoio, mesmo subterrados de problemas (existenciais e não existenciais). E mais: esta ocasião serviu para ver que há pessoas com problemas bem piores que nós, e que estão nem aí com "existencialismos"! Mas como me encontrava (e ainda me encontro acho eu), não uso este tipo de escape, pois possuo uma ideia diferente e mais afirmada: diferentes problemas têm diferentes pesos. Portanto, mesmo verificando que há quem esteja pior, não me chega para me sentir bem, porque não me sinto, muito pelo contrário, só verifico que este mundo está só para quem compra "miminhos hipócritas", deixando-me cada vez mais triste... Enfim... Não quero seguir por ideias divergentes... Foi uma tarde repleta de energia positiva! Uma conversa cheia de aspectos bons, nada comparado com o meu dia-a-dia. Conversar, escutar o que se deseja e o que não se deseja ("levar nas orelhas" honestamente), rir, chorar, passear, descobrir, redefinir horizontes e ideias, ... Aquelas horas foram muito importantes para a resposta à minha questão! É que não foi só a minha amizade que me ajudou na resposta. Parte dessa resposta surgiu nas costas de um livro oferta a um outro que comprei nessa mesma tarde. Ainda não o li, nem sei se o seu conteúdo será do meu agrado, mas aquela frase em tom de resumo nas costas do livro deixou-me perplexa. Estava ali escrito muito do que naquela tarde me tinha sido ensinado. Mas há um senão: faz-me entrar em conflito comigo nos dias que correm, é que eu não acredito que a felicidade esteja assim tão perto!... O livro tem como título "Como Encontrar a Paz Interior" da autora Ellen G. White, e nesse resumo diz:

"Não desespere. A felicidade ainda existe. Está mais perto do que você imagina. O céu pode começar dentro de si. Só depende de uma coisa: da sua escolha. Você pode escolher uma vida diferente, com novas metas. O caminho pode ser difícil, mas há um Amigo que pode ir connosco até ao fim."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sofrimento


Sofro por mim,
Por não querer ser,
Por nunca querer estar
E por não querer ir!
Sou eu,
Estou aqui
E não vou!
Eis o meu sofrimento,
Pois é só este pensamento
Que eu não paro de pensar…
Porque eu não devia ser eu.
Porque eu não devia estar aqui,
E por eu ir sempre.
Mas sempre que há um momento,
Estais aqui ó sofrimento!

domingo, 27 de julho de 2008

Definir felicidade!

Correr, saltar, brincar, pular, conversar, beijar, e sorrir! Eu, hoje, definia estes verbos como sendo os verbos da felicidade (parcial) que a vida nos dá! Mas será que são estes os verbos? Ou será que nem parcialmente muitos de nós somos felizes? Secalhar não são estes os verbos que definem tal sentimento, e nem este mesmo sentimento seja sentido, na sua plenitude, pela maioria de nós. Mas para resolver estas questões seria melhor não usar os verbos tão estritamente evidentes... Diria mesmo que seria melhor tentar conjuga-los no sentido de vida prático. Sabendo que a vida não estridece euforia e alegrias a toda a hora, e sabendo que para muitos estes momentos são raros ou nulos tem que se tomar outro tipo de conjuntura: aplicar estes verbos forçadamente, mas de modo errado, ou seja, aplicar outros verbos, outras ideias e analogias, a fim de fazer parecer os verbos que definem a felicidade!

domingo, 8 de junho de 2008

Apaixonar-me por mim!


Quando vivemos a nossa vida por vezes nem olhamos muito para nós… aponta-se o dedo, recrimina-se, fala-se de toda a gente, questiona-se atitudes e valores, avalia-se aspectos e belezas… E nós? Em que altura da nossa vida olhamos para nós? Quando nos questionamos sobre os nossos valores, as nossas atitudes, sobre o que somos e como somos… Se calhar quando nos mandam “olhar ao espelho” devíamos fazê-lo de facto… Viver a vida com maior entusiasmo connosco próprios e saber apontar defeitos pessoais é sempre uma boa maneira de estarmos bem connosco próprios! Estar bem connosco próprios é um passo para deixarmos de apontar o dedo… Ao saber que somos humanos e que também erramos, menos preponderância temos em estar em “cima” da vida alheia! Se gostamos de nós, se sabemos que erramos e que temos defeitos físicos, é de certo modo meio caminho andado para deixarmos de ser “inxiridos”. Porque razão se olha ao que se tem, ao que se é, ao que se faz… Se de um modo ou de outro toda a gente é, tem e faz o mesmo? Mesmo que se seja diferente em muitos aspectos toda a gente leva um vida social semelhante… De certo modo erramos e também temos defeitos, mas mesmo assim continua-se a olhar o próximo, e com medo de ser olhado; e é esta maneira de agir que faz da nossa sociedade um estereótipo. E quem por si se apaixona, quem apenas vive a sua vida não olhando nem questionando a vida dos outros é socialmente diferente! Como é bom olharmo-nos e focarmo-nos na nossa vida… Aprendermos a ser únicos e de certo modo redescobrirmo-nos… Ser diferente pode começar por evidenciarmos a nossa pessoa, aprendermos com os nossos defeitos e qualidades… Se nos apaixonarmos por nós, gostamos mais de nós e mais fácil será gostar do próximo, pois ao olharmos para os outros teremos sempre nós como um igual… Pode-se dizer que aqui se aplica a velha máxima: “Se não gostar de mim, quem gostará?”… Há que gostar de nós para sermos retribuídos, e primeiro que tudo devemos gostar de nós próprios para sabermos gostar de alguém com valor. Portanto… é favor de se olharem, de se sentirem apaixonados por vós próprios… só assim a vida será mais vossa, mais própria e mais feliz!!!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Esperança na mudança!

Quando acreditamos tudo pode acontecer… é não é? Dizem que sim, mas será? Viver a vida sossegadamente e de um momento para o outro mudá-la? Pode ser aborrecido visto assim de repente, mas depois pode parecer uma vivência estimulante!... A vida não tem que ser linear, não devemos ver as mudanças e os obstáculos como circunstâncias hediondas. Certo que mudar pode ser resultante de aspectos positivos e negativos, bem como pode gerar consequências positivas e negativas. Mas de volta de incógnitas e riscos vivemos toda uma vida mesmo sem grandes mudanças na vida, portanto porque não radicalizar algo que já não branda? Chora-se, sorri-se, sofre-se, festeja-se, … todo um mundo de sentimentos e manifestações são possíveis numa mudança. E para viver temos que vivenciar todos os sentimentos, todas as manifestações, temos que mudar… Seria de facto melhor viver acomodado e “refastelado” numa vida bela e serena (ou não). De facto seria… Se estivéssemos bem e contentes… Porque não? E mesmo tristes e fragilizados também, pois há pessoas que mesmo assim pensam que não vai ser melhor, que a mudança não traz nada de positivo, nada de bom. Mas o facto, e o que eu acho, é que mudar é ter esperanças que podemos ser mais e melhor. Sofrer, chorar, sorrir e festejar para sermos mais e melhor… Há que ter esperança que mudar não é acabar ou recomeçar, e que cada passo que dermos sirva essencialmente para aprender que o passo dado foi o melhor, isto mesmo que o mundo de sentimentos ou manifestações não tenha sido positivo. Há que aprender com as mudanças que nos fazem sofrer, pois delas virá a esperança de apreendermos a viver melhor e poder repetir tudo sem ter que voltar a sofrer novamente… Às vezes à que passar por momentos da vida negativos para mudar, pois só uma mudança pode fazer-nos levar a uma aprendizagem positiva. Mas o contrário também pode acontecer… Mudar positivamente podem ser tão “empolgante” que origine consequências negativas! O facto é que neste mundo de mudar todas as consequências podem ser possíveis… É um facto, de facto… Mas há que apostar nas novas aprendizagens e em tudo o que se ganha com uma mudança… De forma alguma devemos ver “mudar” como mau!
Viver é mudar a qualquer momento… É não ter medo do futuro, nem ter ressentimentos do passado, é viver feliz com o que se fez e infeliz do que se deixou por fazer, é mudar para o bem e mudar para o mal se necessário… Temos que vivenciar da melhor forma todas as mudanças… Mudar é ter esperança numa vida melhor!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Questionar o futuro…

Hoje o dia correu menos mal! (Ainda bem…) E o amanhã? Esta é a questão que todos nós questionamos a certa a altura da vida! É uma questão mais ou menos similar ao típico “Porquê eu?” ou “Porque é que existo?”,… Digamos que é daquelas ditas questões existenciais! Mas tudo o que hoje julgamos ser o melhor para nós, amanhã pode não o ser de facto. E se não o for, só pode ser constatado nesse mesmo amanhã. Só quando amanhecer é que saberemos se é o melhor, se for… melhor! Se não for… ou nos conformamos com o amanhã que construímos e vivemos acomodados nele ou então voltamos ao ponto de partida. Tomamos esse amanhã como sendo um novo hoje e idealizamos um novo amanhã, ou seja, questionamo-nos outra vez e com a sua resposta construímos um novo amanhã! Podemos dizer que a qualquer momento podemos redefinir a resposta a essa questão… É uma questão que a qualquer momento pode ser reformulada e adapta ao nosso hoje!
A verdade é que não nos devemos agarrar a uma única resposta a esta questão. Durante a vida devemos questionar todas as respostas dadas a essa mesma pergunta! Infelizmente podemos acordar num amanhã ajustado a uma resposta mal dada, e o pior de tudo é vivê-lo sabendo da existência desse erro. Viver assim é viver no dito amanhã acomodado, e isso vai contra o amanhã questionado! Acordar cada dia e verificar se estamos bem e o que escolhemos é o melhor para cada um de nós é a maneira mais simples de questionarmos o amanhã de modo a que a nossa vida não estagne. Não deveríamos de viver na ilusão de que tudo o que idealizamos para o nosso amanhã é impreterível. Não deveríamos construir o futuro assente em amanhãs fracassados! Interrogar cada hoje, cada ontem e cada amanhã, a meu ver, é a melhor maneira de construir um futuro coerente e sólido na nossa vida!
Entretanto, e para não divagar muito mais esta questão, o melhor será viver um dia de cada vez, da melhor forma… e nunca dispensando o tal olhar sobre um amanhã coerente! Diria qualquer coisa como Carpe diem.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Actuar sensivelmente...


A vida é como uma peça de teatro, tentamos sempre dar o nosso melhor em tão pouco tempo de actuação! Mas o que é dar o melhor? E será que em algum ponto da actuação o conseguímos? Pensamos sempre que só os melhores actores o conseguem, mas mesmo os melhores actores possuem as suas nuances, baralham-se nas teias da peça de teatro!
Actuar na vida é um processo fácil e ao mesmo tempo complicado! Fácil porque não precisamos de mais nada além de sermos nós mesmos, e complicado porque sermos nós mesmos por vezes não supera as expectativas de quem actua connosco nesta vida! No teatro, tal como na vida, temos que nos moldar às personagens que encarnamos... Em determinadas alturas da vida temos que nos "metamorfosear" para irmos de encontros com quem vive connosco... E mesmo quem vive connosco tem que actuar do mesmo modo, senão tudo fica mais e mais complicado! Não seria mais rentabilizável agir da maneira mais fácil na vida? Seria, claro está... Mas a sociedade nunca aprovou, não aprova e nunca aprovará uma actuação clara e fidedigna da vida! A actuação estereotipada é a mais complicada. A sociedade quase que nos obriga a moldar a cada uma das personagens com quem actuamos, fazendo de nós personagens diferentes todos os dias! Seria muito mais fácil sermos quem somos e actuarmos de maneira mais sensível = viver a vida apenas!
Para quê complicar o que pode ser fácil? Para quê questionar situações da vida que não têm resposta ou que a resposta é clara e evidente? Para quê vivermos a vida como se de personagens nos tratassemos? Para quê tornamos a vida num mundo teatral cínico e complicado? Se há uma maneira de descomplicar!... Se há mil e uma maneiras de obtermos respostas sem nos questionarmos!... E se há milhares de maneiras de sermos aquela personagem exclusiva da vida!... Deveríamos lutar por ser aquela personagem verdadeira e única! Secalhar também devíamos pensar mais nestas questões... Sabemos no entanto que para sobrevivermos à peça de teatro tem que haver uma contraposição a esta ideia. Mas se por alguns momentos da vida agíssemos de uma maneira verdadeira, todos nós nos conheceríamos melhor e menos questões absurdas acerca das relações interpessoais se punham! Se assim fosse, a vida não seria um teatro!...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Prazo de viver...


Terminou o prazo...
Acabou o tempo,
Tempo de espera,
Tempo de ficar além das expectativas...
Tudo tem um prazo,
Prazo de sentir,
Prazo de amar!
O fim é irrecuperável,
O fim é insubstituível,
O fim é o terminar do prazo!
Acabar dói,
Dói ainda mais quando o prazo termina!
Quando o respeito acaba,
E a compreensão cessa...
O tempo não pode ficar além das expectativas!
Seguir a vida após o prazo...
É encoranjante e desencorajante,
É confortante e desconfortante,
É possível imaginário e impossível real!
Terminar o prazo é...
Começar um novo tempo de expectativas!

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Sorrir da Morte...


A vida não tem imaginação. Os sonhos não fazem parte da nossa vida... E entao porquê sorrir para uma vida que se mostra hipócrita? Sinceramente não vale muito a pena lutar, vencer, conquistar a felicidade se ela própria não existe... Onde estás felicidade? Alguém é totalmente feliz? Felicidade é alguma coisa perecível, mensurável, manipulável? É apenas um estado de espírito (inconstante, passageiro e instável). Ou então um sentimento pessoal, sei lá... Sinceramente questiono-me! Alguém vive uma vida inteira sem constragimentos, sem decepções, sem fracassos, sem qualquer tipo de problemas comuns a um cidadão normal? NÃO! Então eu diria que a vida que levamos é hipócrita, se vivemos na ilusão de que lutamos pela felicidade; esteja ela no dinheiro, na saúde, no amor, na realização pessoal... A morte por seu lado é certa... É incógnita, é símbolo de fim, e ninguém pode questionar a felicidade subjacente a ela... Já diz a sabedoria popular: "Lá é que se está bem, tanto se está, que ninguém volta"! Esta sociedade esteriotipada questiona muito determinadas sabedorias populares, bem como culturas que veneram a morte em detrimento da vida... Pois bem, se a morte é assim tão idiopática porque tantas religiões veneram esse fim? (Ou esse início?) Secalhar é a única forma que temos de ser feliz... Transpormo-nos e tentamos viver uma morte feliz... É uma forma contracensual de explicar a vida e a morte, mas porque é que esta vida nos reporta a uma outra? Certamente "viveremos em paz", ou "descansamos eternamente", ou muito provavelmente até se tem as"40 virgens à espera no céu" (uii, que felicidade para muitos... lol)...

Que vida vivemos? Que tragédia é a morte? Qual o mal em pensar que se é feliz com ela? Ninguém obtem respostas conclusivas e justificativas para tantas destas minhas perguntas... Sinceramente se existir gostava de aprender a "viver"... O arraso e a infelicidade de uma vida pode sempre levar a procura da felicidade noutra... E será que não há esse direito? Se a vida não são sonhos, se ela é a maior hipócrita? Se a felicidade nesta vida é um sentimento momentâneo? Se ninguém nesta vida nos dá motivos para sorrir, o sorrir de outra vida pode tornar-se aliciante... contagiante... viciante... motivante... Basta sonhar na morte a sorrir vestida de vida feliz e autêntica!

É de facto uma perda a morte... Mas quem sabe se de um ganho se trate?... :\

sábado, 12 de abril de 2008

Definir um sentimento... como?


Gostar, amar, odiar, ... Um mundo de sentimentos que podemos expressar de maneira explícita e implícita!
E como definir e exprimir algo que não é mensurável nem palpável? Muita gente ignora apenas a realidade, ignora a existência de sentimentos, outros fazem questão de oferecer a toda a gente algum sentimento, mesmo que de um sentimento cínico se trate, outra parte das pessoas, a meu ver poucas, é verdadeiro... Dizem e demonstram (pois demonstrar é a maneira de oferecer um sentimento a alguém) o que lhe vai na alma e não deixam que mágoa alguma invada um sentimento verdadeiro, e mesmo não sabendo demonstrá-lo da forma que um receptor alvo idealize, demonstra-o com a veracidade de pessoa que é. É nesta forma de ser que um sentimento é verdadeiro - ser especial e único para cada pessoa. Mesmo que de um sentimento menos nobre se trate, devemos ser críticos e expressivos nos sentimentos e nos receptores alvos dos sentimentos. E um mesmo sentimento pode ser exprimido para vários receptores alvo de maneiras diferentes, e a valer o mesmo... Por exemplo, "amar". Amar duas pessoas não tem que ser da mesma maneira, mas, ao mesmo tempo tem que haver um conjunto de requisitos mínimos para que a sociedade reconheça que de amor se trata, ou seja, tem que haver um universo de acções que têm que ser explícitas para o entendermos que somos amados. Posso amar duas pessoas de maneiras diferentes, mas às duas tenho que fazer um conjunto de acções semelhantes para o receptor saiba que é amado. O mesmo acontece com o desejo, o ódio, a paixão, ...
E de que maneira explicamos o porquê de um sentimento? Porque se gosta, porque se deseja, porque se odeia? O porquê de sentirmos um determinado sentimento está de certo modo relacionado com determinadas atitudes e relacionamentos para com o receptor alvo. E também aqui há subjectividade na resposta à questão, porque uma mesma atitude pode desencadear sentimentos diferentes. Por exemplo, odiar. Duas pessoas podem ter a mesma atitude, mas a maneira como nos relacionamos com elas vai de certo modo redefinir o sentimento que lhe iremos incutir.
Estas e outras questões deixa o mundo dos sentimentos deveras subjectivo... É um assunto pouco "cientilizado", eu diria mais que é um assunto "filosofado". Temos apenas que redefinir sentimentos e acções, e expressões também. Não é só dizer e afirmar... Sentimentos não se compram, não se assinam, não se dizem da boca para fora... Temos que delinear sentimentos semelhantes e exprimir, dar provas... Todos nós temos o direito de sentir um verdadeiro sentimento... Muitas vezes torna-se uma tarefa difícil... Impossível em casos extremos! Mas de situações impossíveis podemos tirar a mais proveitosa experiência de vida, basta só abrir o coração e ser verdadeiro. E lembrem-se, amar não é só grandes revelações amorosas; e odiar não é só desejar o maior mal, de forma explícita.

A meu ver = definir um sentimento = tem que ser algo a ser "revelado" de acordo com o que as pessoas são (tanto o receptor como o emissor do sentimento em questão). Sem quaisquer tipo de interveniências externas e sem querer agir da mesma maneira que os outros agem. Cada um é como cada qual! Ninguém é igual a ninguém, daí ninguém tem que ser tratado da mesma maneira. Todos nós merecemos um toque especial na definição de um sentimento próprio!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O início


Tal como viver, um blog tem um início... pois bem... foi hoje = 10/04/2008 = que nasce este novo blog, que para já (e esperemos que muito tempo) se intitula de "...a passear pela vida...".

Vamos ver no que dá esta "vida"... espero ter muita coisa para "viver" e que com a minha "vida" aprendam também um pouco...



:)