terça-feira, 29 de abril de 2008

Actuar sensivelmente...


A vida é como uma peça de teatro, tentamos sempre dar o nosso melhor em tão pouco tempo de actuação! Mas o que é dar o melhor? E será que em algum ponto da actuação o conseguímos? Pensamos sempre que só os melhores actores o conseguem, mas mesmo os melhores actores possuem as suas nuances, baralham-se nas teias da peça de teatro!
Actuar na vida é um processo fácil e ao mesmo tempo complicado! Fácil porque não precisamos de mais nada além de sermos nós mesmos, e complicado porque sermos nós mesmos por vezes não supera as expectativas de quem actua connosco nesta vida! No teatro, tal como na vida, temos que nos moldar às personagens que encarnamos... Em determinadas alturas da vida temos que nos "metamorfosear" para irmos de encontros com quem vive connosco... E mesmo quem vive connosco tem que actuar do mesmo modo, senão tudo fica mais e mais complicado! Não seria mais rentabilizável agir da maneira mais fácil na vida? Seria, claro está... Mas a sociedade nunca aprovou, não aprova e nunca aprovará uma actuação clara e fidedigna da vida! A actuação estereotipada é a mais complicada. A sociedade quase que nos obriga a moldar a cada uma das personagens com quem actuamos, fazendo de nós personagens diferentes todos os dias! Seria muito mais fácil sermos quem somos e actuarmos de maneira mais sensível = viver a vida apenas!
Para quê complicar o que pode ser fácil? Para quê questionar situações da vida que não têm resposta ou que a resposta é clara e evidente? Para quê vivermos a vida como se de personagens nos tratassemos? Para quê tornamos a vida num mundo teatral cínico e complicado? Se há uma maneira de descomplicar!... Se há mil e uma maneiras de obtermos respostas sem nos questionarmos!... E se há milhares de maneiras de sermos aquela personagem exclusiva da vida!... Deveríamos lutar por ser aquela personagem verdadeira e única! Secalhar também devíamos pensar mais nestas questões... Sabemos no entanto que para sobrevivermos à peça de teatro tem que haver uma contraposição a esta ideia. Mas se por alguns momentos da vida agíssemos de uma maneira verdadeira, todos nós nos conheceríamos melhor e menos questões absurdas acerca das relações interpessoais se punham! Se assim fosse, a vida não seria um teatro!...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Prazo de viver...


Terminou o prazo...
Acabou o tempo,
Tempo de espera,
Tempo de ficar além das expectativas...
Tudo tem um prazo,
Prazo de sentir,
Prazo de amar!
O fim é irrecuperável,
O fim é insubstituível,
O fim é o terminar do prazo!
Acabar dói,
Dói ainda mais quando o prazo termina!
Quando o respeito acaba,
E a compreensão cessa...
O tempo não pode ficar além das expectativas!
Seguir a vida após o prazo...
É encoranjante e desencorajante,
É confortante e desconfortante,
É possível imaginário e impossível real!
Terminar o prazo é...
Começar um novo tempo de expectativas!

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Sorrir da Morte...


A vida não tem imaginação. Os sonhos não fazem parte da nossa vida... E entao porquê sorrir para uma vida que se mostra hipócrita? Sinceramente não vale muito a pena lutar, vencer, conquistar a felicidade se ela própria não existe... Onde estás felicidade? Alguém é totalmente feliz? Felicidade é alguma coisa perecível, mensurável, manipulável? É apenas um estado de espírito (inconstante, passageiro e instável). Ou então um sentimento pessoal, sei lá... Sinceramente questiono-me! Alguém vive uma vida inteira sem constragimentos, sem decepções, sem fracassos, sem qualquer tipo de problemas comuns a um cidadão normal? NÃO! Então eu diria que a vida que levamos é hipócrita, se vivemos na ilusão de que lutamos pela felicidade; esteja ela no dinheiro, na saúde, no amor, na realização pessoal... A morte por seu lado é certa... É incógnita, é símbolo de fim, e ninguém pode questionar a felicidade subjacente a ela... Já diz a sabedoria popular: "Lá é que se está bem, tanto se está, que ninguém volta"! Esta sociedade esteriotipada questiona muito determinadas sabedorias populares, bem como culturas que veneram a morte em detrimento da vida... Pois bem, se a morte é assim tão idiopática porque tantas religiões veneram esse fim? (Ou esse início?) Secalhar é a única forma que temos de ser feliz... Transpormo-nos e tentamos viver uma morte feliz... É uma forma contracensual de explicar a vida e a morte, mas porque é que esta vida nos reporta a uma outra? Certamente "viveremos em paz", ou "descansamos eternamente", ou muito provavelmente até se tem as"40 virgens à espera no céu" (uii, que felicidade para muitos... lol)...

Que vida vivemos? Que tragédia é a morte? Qual o mal em pensar que se é feliz com ela? Ninguém obtem respostas conclusivas e justificativas para tantas destas minhas perguntas... Sinceramente se existir gostava de aprender a "viver"... O arraso e a infelicidade de uma vida pode sempre levar a procura da felicidade noutra... E será que não há esse direito? Se a vida não são sonhos, se ela é a maior hipócrita? Se a felicidade nesta vida é um sentimento momentâneo? Se ninguém nesta vida nos dá motivos para sorrir, o sorrir de outra vida pode tornar-se aliciante... contagiante... viciante... motivante... Basta sonhar na morte a sorrir vestida de vida feliz e autêntica!

É de facto uma perda a morte... Mas quem sabe se de um ganho se trate?... :\

sábado, 12 de abril de 2008

Definir um sentimento... como?


Gostar, amar, odiar, ... Um mundo de sentimentos que podemos expressar de maneira explícita e implícita!
E como definir e exprimir algo que não é mensurável nem palpável? Muita gente ignora apenas a realidade, ignora a existência de sentimentos, outros fazem questão de oferecer a toda a gente algum sentimento, mesmo que de um sentimento cínico se trate, outra parte das pessoas, a meu ver poucas, é verdadeiro... Dizem e demonstram (pois demonstrar é a maneira de oferecer um sentimento a alguém) o que lhe vai na alma e não deixam que mágoa alguma invada um sentimento verdadeiro, e mesmo não sabendo demonstrá-lo da forma que um receptor alvo idealize, demonstra-o com a veracidade de pessoa que é. É nesta forma de ser que um sentimento é verdadeiro - ser especial e único para cada pessoa. Mesmo que de um sentimento menos nobre se trate, devemos ser críticos e expressivos nos sentimentos e nos receptores alvos dos sentimentos. E um mesmo sentimento pode ser exprimido para vários receptores alvo de maneiras diferentes, e a valer o mesmo... Por exemplo, "amar". Amar duas pessoas não tem que ser da mesma maneira, mas, ao mesmo tempo tem que haver um conjunto de requisitos mínimos para que a sociedade reconheça que de amor se trata, ou seja, tem que haver um universo de acções que têm que ser explícitas para o entendermos que somos amados. Posso amar duas pessoas de maneiras diferentes, mas às duas tenho que fazer um conjunto de acções semelhantes para o receptor saiba que é amado. O mesmo acontece com o desejo, o ódio, a paixão, ...
E de que maneira explicamos o porquê de um sentimento? Porque se gosta, porque se deseja, porque se odeia? O porquê de sentirmos um determinado sentimento está de certo modo relacionado com determinadas atitudes e relacionamentos para com o receptor alvo. E também aqui há subjectividade na resposta à questão, porque uma mesma atitude pode desencadear sentimentos diferentes. Por exemplo, odiar. Duas pessoas podem ter a mesma atitude, mas a maneira como nos relacionamos com elas vai de certo modo redefinir o sentimento que lhe iremos incutir.
Estas e outras questões deixa o mundo dos sentimentos deveras subjectivo... É um assunto pouco "cientilizado", eu diria mais que é um assunto "filosofado". Temos apenas que redefinir sentimentos e acções, e expressões também. Não é só dizer e afirmar... Sentimentos não se compram, não se assinam, não se dizem da boca para fora... Temos que delinear sentimentos semelhantes e exprimir, dar provas... Todos nós temos o direito de sentir um verdadeiro sentimento... Muitas vezes torna-se uma tarefa difícil... Impossível em casos extremos! Mas de situações impossíveis podemos tirar a mais proveitosa experiência de vida, basta só abrir o coração e ser verdadeiro. E lembrem-se, amar não é só grandes revelações amorosas; e odiar não é só desejar o maior mal, de forma explícita.

A meu ver = definir um sentimento = tem que ser algo a ser "revelado" de acordo com o que as pessoas são (tanto o receptor como o emissor do sentimento em questão). Sem quaisquer tipo de interveniências externas e sem querer agir da mesma maneira que os outros agem. Cada um é como cada qual! Ninguém é igual a ninguém, daí ninguém tem que ser tratado da mesma maneira. Todos nós merecemos um toque especial na definição de um sentimento próprio!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O início


Tal como viver, um blog tem um início... pois bem... foi hoje = 10/04/2008 = que nasce este novo blog, que para já (e esperemos que muito tempo) se intitula de "...a passear pela vida...".

Vamos ver no que dá esta "vida"... espero ter muita coisa para "viver" e que com a minha "vida" aprendam também um pouco...



:)