tag:blogger.com,1999:blog-67422515050315230462024-03-19T10:44:04.985+00:00...a passear pela vida...O retrato surrealista de uma vida concreta que se fixa no abstracto para viver...TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.comBlogger94125tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-17472922162467373612014-07-18T12:34:00.003+01:002014-07-18T12:34:42.273+01:0010ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Caminho sem fim. Perdi, roubaram-me e fiz sofrer. Sofri, perderam-me e roubei. Agora caminho para nada e para ninguém. Percorro a maior estrada da minha vida. Descalço, num caminho de terra aprendo que viver não é apenas o que vivemos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Vivi sem ser feliz. Fui feliz quando não vivi, e vivi à procura de ser feliz quando não era. Percorri momentos de loucura e de paixão. Sempre à procura de amor e de solução. Nem amor nem solução. Vivi apenas. Agora caminho sem fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vivi sem amor. Amei quando não era feliz, e fui feliz à procura do amor quando não o tinha. Senti momentos de felicidade e de calor. Sempre à procura de alegria e sabor. Nem alegria nem sabor. Vivi apenas. Agora caminho para nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vivi sem paixão. Apaixonei-me vezes demais sem razão, e fui feliz a viver nos dias de loucura. Sempre à procura de felicidade e de vida. Nem felicidade nem vida. Vivi apenas. Agora caminho para ninguém.</div>
<div style="text-align: justify;">
Percorro vinte quilómetros de solidão. Levo vinte dias de reflexão. Sinto vinte anos de tristeza. Vivo vinte dias de arrependimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
Percorro sozinho a vida. Finalmente sinto o viver. Vivo o final a sentir. Sinto a vida a terminar. Agora caminho sozinho na vida. Sinto que não vivi o que devia ter vivido e vivi o que não deveria ter sentido. Termino a vida a sentir-me eu próprio. Ser só. Ser único. Ser próprio. Ser incomparável. Sou apenas eu que vivi mais uma vida a caminhar por onde todos caminham e que no final caminha para nada e para ninguém. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto que estes penosos vinte quilómetros descalços levam-me para a beira de um abismo. Senti a dureza do caminho da vida nos pés. Vivi perdido de mim. Hoje fui eu que me perdi. Roubei felicidade a ninguém. Hoje foi a mim que me roubaram. Fiz sofrer por amor a nada. Hoje sofro eu por não amar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Viver sem caminhar na vida é o maior caminho para o fim. Viver sem amor. Sem amar. Viver sem felicidade. Sem ser feliz. Viver sem sentido não tem sentido. Perdemo-nos num caminho sem volta. Caminhar num caminho sem vida leva-nos a uma vida sem sentido. </div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje sei que viver não se faz a caminhar sozinho, sem amor ou felicidade. Só se vive a vida feliz com amor e solidariedade!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-13762282213256401942014-07-15T21:42:00.001+01:002014-07-15T21:42:09.556+01:009ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Meus caros crentes,</div>
<div style="text-align: justify;">
Venho por este meio apresentar a minha demissão ao mundo. Após inúmeras vezes rever na minha consciência os prós e contras desta minha decisão, resolvi apresentá-los a vós, que (nem) sempre em mim acreditaram. Decidi julgar o mundo que eu próprio criei. Criei-o à minha imagem e semelhança, mas diria que criei uma versão experimental do mundo. Portanto, demito-me! E espero um dia reconstruir um novo mundo, mais exemplar, e em versão perfeita. </div>
<div style="text-align: justify;">
Olhei para o mundo, e constatei que algo criado em prol da harmonia e com amor, foi substituído por guerra e ódio. Contemplei o Homem, que criei com inteligência e destreza, mas submeteu-se à intransigência e dureza de uns para com os outros. Admirei a minha maior criação – a natureza; mas até esta tem vindo sendo destruída e manipulada. Criei o mundo prezando a união e partilha. Ao contrário disso o Homem substitui-o por vingança e desunião. Insisti em divulgar o bem, mas com tantos erros criados paralelos ao meu ideal, perdurou o mal. Foram criados demasiados erros neste mundo por falta de experiência minha e por crença de que o bem ganha sempre o mal. Mas a verdade é que o mal ficou demasiado enraizado com o passar dos séculos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Acreditei demais no que criei: falhei. Agora só me resta assumir as responsabilidades e me despedir. É a hora de acabar o mundo. Não há mais bem. Acabou o bem. Nunca houve bem. Não há mais amor. Acabou o amor. Nunca houve amor. Não há mais vida. Acabou a vida. Nunca houve vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
É a hora do fim, do final, do adeus, da despedida, do apocalipse... Do fim do mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que me perdoem, tal como eu vos perdoei a todos pelos vossos erros durante toda a existência do mundo. Eu não teria errado se vós não tivésseis errado. Eu não teria desistido se vós não tivésseis desistido. Eu não teria sucumbido se vós não tivésseis sucumbido. Perdi o mundo, e quem perdeu foi o mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Espero que noutra vida encontrem a vossa luz e o vosso sentido. Que noutro mundo, eu espero encontrar de novo tudo o que criei com uma nova luz e um novo sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
Despeço-me com saudações e votos que noutro mundo sejamos todos melhores!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O vosso Deus!</div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-56685178361183468522014-07-09T12:58:00.001+01:002014-07-09T13:00:30.655+01:008ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Tinha sete anos de idade, de cabeça pousada no ombro de minha mãe chorava por dentro. Sentia o tempo esvaziar-se e consumir-se. Sentia o cansaço a roubar-me a mãe. Sentia o amor por ela a apoderar-se dentro de mim. Sabia que a iam levar de mim, mas não queria acreditar. Não queria ver. Não queria ouvir. Não queria sentir. Mas desejava estar presente naquele momento. Queria ser o seu mais que tudo. Queria ver o seu último sorriso. Queria ouvir o seu último suspiro. Queria sentir o seu último instante. Queria viver aquele momento com intensidade. Senti um ciclo a fechar-se. Minha mãe presente no meu primeiro dia de vida e eu presente no seu último dia de vida. Confirmei todo o amor que depositou em mim. E de abraço apertado em minha mãe vi, ouvi e senti a vida levá-la de mim. O sabor a desejo e alívio apoderou-se de mim naquele momento. Misturava-se um misto de tristeza e satisfação. Desejava sentir o alívio de a deixar ver sofrer. Encontrava-me satisfeito por ter conseguido estar presente no finalizar de um ciclo. Mas apesar de tudo estava triste por deixar de ter minha querida mãe junto a mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho vinte e sete anos de idade. Hoje pela primeira vez tenho junto a mim um filho meu. Abraço-o com carinho e afecto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vinte anos vivi. Vinte anos aprendi. Sei que sorrir é sofrer. Aprendi que ter é lutar. Descobri que amar é conquistar. Encontrei no sentir o viver. Achei o amor no sofrimento. Senti na perda o início. Achei no final o sentido da vida. E só no inicio da vida encontramos um amor para sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje sinto o tempo a encher-me e a saciar-me. Sinto o cansaço a trazer-me um filho. Sinto novamente o amor a apoderar-se de mim. Hoje queria ver tudo, ouvir tudo e sentir tudo. Consegui desfrutar nada. Foi num instante só. Num olhar só. E num suspirar só. Apenas senti o iniciar de um novo ciclo em minha vida. Fechei os olhos e lembrei minha mãe. Desejei ter meu filho presente no meu último dia. Ambicionei fazer feliz o meu filho como ela me fez feliz a mim. Num ciclo maior, mais longo e mais consistente. Embora o amor não se calcule em anos de vida, a verdade é que o que sinto por minha mãe e por meu filho é de sempre e para sempre.</div>
<div>
<br /></div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-88698429918596303922014-06-29T23:04:00.001+01:002014-06-29T23:04:36.182+01:007ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Meu pai entra na sala e eu olho-o sem pestanejar. Hoje é ele o meu paciente. Fito-o com uma sensação estranha. Paro e penso em como ajo e falo com outros pacientes. Quero chorar. Mas não choro. Estou a trabalhar. É meu pai. Todos os meus outros pacientes também poderão ser pais de alguém. Que vou dizer eu a meu pai? O mesmo que digo a todos os meus pacientes? Quem vou ser eu agora? O médico ou o filho?</div>
<div style="text-align: justify;">
- Todas as semanas há novas histórias e novos pacientes. Hoje és tu pai! A vida é clara e sempre me apoiaste em tudo o que desejei para a minha vida. Agora é a minha vez de te apoiar em tudo o que decidas daqui para a frente! És meu pai, severo, mas querido pai. Ensinaste-me a viver, a crescer, a estudar e a trabalhar. Devo-te tudo. Mas hoje és também meu paciente. Desejava ser mais que tudo, mas mais que tudo neste momento não chega. Queria poder inventar a cura. Queria poder fazer milagres. Mas a verdade é a realidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de me ouvir, meu pai suspirou e disse:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Meu filho… À muito que sabia que estava doente. E por saber não quis ser teu paciente antes. És meu filho. Sei como és. Posso ser despistado e parecer desligado, mas de facto não o sou. A tua dualidade é compreensível. E eu já esperava. Aliás agrada-me saber que és assim. Sei que transmiti valores e que no final o trabalho que me deste valeu a pena. Tu és a certeza que irei deixar um excelente legado. E nem a verdade, nem a realidade me assustam… Tu és prova que sabes ser um bom médico e um bom filho. E melhor: sabes ser um bom filho médico. Sabia que me irias apoiar. E sei que no final desta conversa toda me vais compreender. Sempre foste bom ouviste. Sempre ponderaste opiniões. Sempre soubeste ouvir as críticas. Sempre te esforçaste para seres compreendido. Sempre actuaste para seres bem sucedido. E sempre lutaste pelos que amas. E nunca foste injusto com os que foram injustos contigo! À muito que sei do meu final. Hoje tenho a certeza que no final não vou ter fim. Tenho um filho que sabe o que tenho melhor que um médico e um médico que me respeita mais que um filho.</div>
<div>
<br /></div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-80464262858882330272014-06-17T20:06:00.002+01:002014-06-17T20:06:30.543+01:006ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acabou! Já ofereci tudo. Que mais necessita aquela alma que me atenta e decepciona a todas as horas? Quis tudo. Agora nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enganaste-me
desde o início. Continuei a acreditar. Eu seria melhor, tu também serias
melhor… Eu sei que fui, tu continuaste. Deixei de acreditar, mas insisti.
Usaste o maior engano da vida para ter tudo. Agora: tens nada, sabes nada, e és
nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não
me conheceste como julgaste conhecer, não me conheces e nunca me conhecerás. Parti
na verdadeira condição de nunca mais querer saber de ti. Usaste-me.
Mentiste-me. Decepcionaste-me. Magoaste-me. Iludiste-me. Tudo para teu belo
prazer. Pensavas que irias ter tudo para sempre? Que me manipulavas sempre? Não
volto mais. Não quero mais. Não perdoo mais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Podes
usar a mentira para querer tudo, mas na verdade nunca saberás de nada. Perdes
tudo por saber nada! Ganhas nada por querer tudo. És nada. És ninguém.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deixei
a aquela cortina cinzenta para trás. Agora sou verdadeiramente eu. Estou bem e
sou feliz! Nada nem ninguém me vai fazer voltar a trás na minha decisão de ser
feliz. Aprendi que o engano leva as pessoas a afogarem-se na ganância de querer
tudo. No final nada sabem da vida, nada tem dela. Vivem e crescem pobres. Não
lutam por nada. Não viram a página. Não entram noutra estrada. São infelizes.
Quem sejam… Eu sofri, chorei, mas não deixei de lutar e acreditar que um dia ia
conseguir sair de todo o engano onde me tinha colocado. Virei a página, mudei
de estrada e nunca mais volto atrás. Aprendi e cresci.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora só confio em quem
confia em mim. Só faço feliz quem me faz feliz. Só ofereço tudo a quem me
oferece tudo. Só saberá tudo quem me contar tudo. Só serei verdadeiro quem for
verdadeiro. Só serei de alguém quando alguém for verdadeiramente meu. E quando
saberei que chegou esse alguém? Simplesmente saberei! Tudo o que já passei e
tudo o que aprendi ofereceu-me ferramentas para olhar e escrutinar o mundo de
outra forma. Sou mais perspicaz, sou mais céptico, sou mais inteligente! Pois o
que não nos mata torna-nos mais fortes?! Pois bem… Hoje sei a verdade desta
declaração. Hoje tenho alguém que acredito, que confio, que é verdadeiro e que
me faz feliz! Farei mais e melhor. Farei tudo como nunca fiz alguém! Pois só hoje
vejo translucidamente o futuro. É do meu presente e de quem é verdadeiro!</span></span></div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-61057302221326682482014-06-10T14:44:00.001+01:002014-06-10T14:44:06.466+01:005ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Que parvoíce uma pessoa adormecer aqui. A verdade é que assim sendo sou uma pessoa parva. Velha, acabada, cansada e entediada. Já reúno idade para saber mais da vida e ser melhor que qualquer um que me aborda. Mas a verdade é que não passo de um inútil, até para mim próprio. Depois deste cansaço que me acordou fechado numa cave ao meio da tarde vou onde eu arranjar forças para sair daqui? Que vim eu aqui fazer? Acordei pesado. Moído e cansado. Queria tocar e sentir as recordações. Adormeci a sonhar na vida que já vivi.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi tão bom viver! Agora já não tenho mais nada se não apenas a minha própria vida. Não tenho dormir ou acordar. Não tenho comer. Não tenho amizade ou amor. Não tenho saúde. Não tenho família ou amigos. Não tenho lugar, nem tenho tempo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Estou deprimentemente feliz. Sensação esquisita de inutilidade e felicidade. Sentimento de alegria deprimida. Vivi. Fui feliz e lutei. Conquistei e chorei. Perdi e alcancei. Ganhei e sofri.</div>
<div style="text-align: justify;">
Onde vou buscar eu forças para continuar? Já não tenho que continuar. Acabou bem, estou bem, vivi tudo. Quero terminar consciente de tudo o que vivi. Luto todos os dias para não me esquecer de mim, da vida e de todos os que nela viveram. Mas também procuro todos os dias o realizar de um sonho. Quero viver consciente que nunca me esqueci de viver até ao meu último segundo de vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Quantas vezes sofri? Desejei terminar cedo demais. Continuei e fui feliz. Quantas vezes perdi? Batalhei e continuei. Quantas vezes ganhei o nada depois de perder tudo? Precisei de abdicar de tudo para ter melhor. Hoje somo mais de 32 880 dias de existência neste mundo. Quem me dera não me ter esquecido de todos. Mas tenho certeza que me relembrarei de todos os que me interroguei e persisti vivê-los até hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vou levantar e erguer-me. Ganhar força e subir em casa. Viver o que resta de mais um dia de um velho só e triste. Continuar a lutar o esquecimento com a felicidade das memórias e recordações. O que me move dias a fio é ser cruelmente insatisfeito. Quando estou triste me comovo e sou feliz. Quando estou alegre atropelo-me na angústia da vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sou um velho intransigente com a vida. Contente com o que viveu. Aborrecido com o que está a viver. Mas ciente que só assim sabe viver!</div>
<div>
<br /></div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-33173336997208295972014-06-03T12:12:00.002+01:002014-06-10T14:45:26.112+01:004ª jornada do 22º Campeonato de Escrita CriativaAquele olhar soslaio enganava-me sempre. Havia dias que não o suportava, mas mesmo assim adorava-o. Olhava para ela de modo sempre contraditório para nunca denunciar o meu fascínio. Arrepiava-me só de a ouvir falar. E às vezes tramava-me até. Era um desconsolo vê-la sorrir. Mas eu tinha de a olhar sempre. Começava a ficar estrábico de tanto fazer de conta que não. Sabia que ia morrer perdido. Não sabia como me controlar. Mas sabia-me controlar.<br />
- Oh Manuela, Manuela…<br />
- Que me queres tu minha querida?<br />
- Preciso de me denunciar!<br />
Ela nunca compreenderia os sentimentos de um homem. Nunca quereria saber sequer quem sou. Seria para sempre seu hipotético guia, majestoso conselheiro ou confidente cor-de-rosa. Porquê? Porque ela não acreditava no amor! E eu também não, mas Manuela fazia-me acreditar. Eu vivia num mundo ao contrário. Ela vivia num mundo certo. E enganado para ela. Ela não tinha sido feita para ninguém. Tinha sido feita para mim. Queria-a para mim. Mas para mim não queria que fosse.<br />
Ouvir-te falar encantava-me. Sei de cor todas as conversas que tivemos juntos. Sorte a minha sentir nos meus ouvidos a tua voz. Todo um dia era repleto de cor. E tu detestavas não ser escutada. Gritavas por ser exclusiva de tantos que nunca quiseste ter. Se alguma vez mo tivesses perguntado a mim… Também não sabia dizer que sim. Porque sei que não podes ser como eu. Não amavas, nem gostavas de ser amada. Gostaria de ter compreendido porquê. Falávamos tanto, mas dizíamos muito pouco. Querias tudo com nada. Tinhas nada com tudo.<br />
Triste mulher alegre que foste. Amava-te caramba. Eu sei que sim. Mas não queria nem podia amar. Não te podia tocar. Mas desejava-o ardentemente dentro de mim. Ai o que sonhei por te tocar. Toquei. Mas não queria ter tocado como te toquei. Sufocaste-me como saco de ar vazio. Repudiaste-me e usaste-me. Mesmo assim agradeço. Eras linda. Pernas altas, morena e de ar prestante nos seus olhos cor de avelã. Eras perfeita. Obrigado por me humilhares e fazeres de mim um homem.<br />
Precisava ter-me denunciado. Manuela amava-se apenas e só ela mesma. Mulher egocêntrica e mesquinha de valores. Mas desmedida de fulgor. Sem teu amor não valia a pena. Quis apenas sentir a tua humilhação e apagar-te. Não te queria ver mais. Sentir-te por perto ou longe seria matar-me. Decidi acabar. Acabou. Já não te amo Manuela.TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-25934625286718216762014-05-26T22:24:00.000+01:002014-05-26T22:27:51.841+01:003ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Apostei tanta vez neste jogo que é amar... No primeiro amor, foram infinitas apostas, lutei bastante por amor, lutava por ser único e para sempre, mas no entanto saí derrotada pela intransigência! Tentei jogar de seguida com apostas às cegas e platónicas, mas saí derrotada pela ingenuidade logo à primeira tentativa. Sem querer saber mais de amar, jogar ou de quaisquer intransigências ou ingenuidades comecei a desistir de lutar. Quis desistir de mim, quis mudar a minha pessoa, quis desistir de jogar todos os jogos do amor, para prosseguir um jogo muito estereotipado na sociedade: jogar para sobreviver. Começava a achar que amar era um jogo apenas dos livros, dos filmes ou dos teatros. Até que me perguntei: “Quantas derrotas exige uma vitória?” Não sei, mas não posso desistir de ser eu e desistir de jogar para amar! Não quis embrenhar-me pelas lutas da sobrevivência social moderna; quis repensar em todas as formas que me levaram à derrota e prosseguir como o vento; deixei a então a vida trazer-me a coragem e a força para lutar pela derradeira vitória, pelo verdadeiro amor. Devemos lutar sempre por amor, mas não devemos ignorar que ele aparece sempre quando não esperamos, da maneira que não idealizamos e fica para sempre da forma como nunca imaginamos. Só vence quem sempre lutou, derrota após derrota, se levanta e insiste em refazer a vida e voltar a lutar. Mudei as armas, mudei as tácticas, mudei as perspectivas. Ataque e defesa são técnicas que no jogo do amor são ambivalentes. Nem sempre nos devemos preocupar em jogar ao ataque e insistir na luta pela procura do amor, pois desses sucessivos ataques surgem derrotas que nos levam a um amor ilusório; mas também não nos devemos restringir só à defesa permissiva da derrota, pois o significado de ter perdido uma vez não nos inibe que na próxima luta não alcancemos a vitória e ganhemos o amor da nossa vida. Pois quando menos esperamos o ataque surge em momento de defesa e podemos sem querer correr para um contra-ataque em que alcançamos a maior vitória da nossa vida! Amar e ser amado da forma como somos, respeitando e sendo respeitado, valorizando e sendo valorizado. E neste jogo de amor, eu acredito que alcancei a vitória. Não sei quantas vezes fui derrotada, mas quando menos esperei, aproveitei a oportunidade, não desisti, contra-ataquei para lutar uma última vez e venci.</div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-14206383630190325012014-05-19T23:05:00.001+01:002014-05-26T22:27:23.953+01:002ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div style="text-align: justify;">
Rasgou o papel e tomou a decisão.</div>
<div style="text-align: justify;">
“Já não quero mais! Quero-te a ti, e a nós. Não quero desistir do que construímos juntos, do que sonhámos juntos, e de tudo o que planeámos juntos. Não somos só tu e eu. Somos nós. Não vai haver mais alguém, mais nada, ou o quer que seja entre nós. Quero que renasça o amor, a união, o entendimento, a compaixão, o carinho, a solidariedade, a entrega, a confiança, e tudo o que necessitamos para nos mantermos fiéis um ao outro e a nós mesmos. Quero provar que mereço mais uma oportunidade, a derradeira oportunidade de nunca mais acabar. O que começámos não pode acabar. Custou muito lutar, acalmar, construir, planear, sonhar em sermos quem somos: um do outro. Não quero acabar desta forma. Não! Se te prometi que era para sempre, será para sempre. Também me levantarei e mudarei por ti; e também te ajudarei a te levantares e a mudares, se assim estás disposto por mim. Vamos lutar juntos, como sempre lutamos; não tens que ser só tu a lutar por mim. Vamos acalmar juntos, como sempre nos acalmamos um ao outro em todos os nossos dias de euforia e constrangimento. Vamos reconstruir juntos o que sem querer destruímos depois de tanta construção. Vamos voltar a planear juntos, deixarmos de nos preocuparmos apenas connosco próprios. Vamos voltar a sonhar juntos e a acreditar que nunca deixamos nem vamos deixar de ser um do outro! Eu sei que errei, que prevariquei, que te deixei sozinha, que me importei mais comigo do que connosco, e que em certas alturas até me esqueci de ti. Sei que tens razão em muitos dos defeitos quem em mim apontas, pois em ti vejo o reflexo do meu egocentrismo. Quero evoluir por quem por mim evolui. Quero melhorar por quem por mim melhora. Quero lutar por quem por mim todos os dias luta. A vida está cheia de artimanhas para separar o que a própria vida uniu. E eu não quero errar em me ver longe de quem me ama só porque decidi mal. O que eu decidir no momento errado pode levar-me para longe do que eu realmente quero e desejo. Não quero que um impulso me leve para longe de quem amo. Pois afinal de contas, foste, és e sempre serás a mulher da minha vida!”</div>
<div style="text-align: justify;">
E depois disto: viveram felizes para sempre.</div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-515234660657796752014-05-14T12:22:00.003+01:002014-05-26T22:27:03.053+01:001ª jornada do 22º Campeonato de Escrita Criativa<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Um homem está, ao volante, parado diante de um semáforo vermelho. E num segundo sem que ninguém previsse um camião sem travões galga por trás do seu carro...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">- O que se
está a passar? Que acidente terrível estou eu aqui a ver agora à minha frente!
Mas eu estava à um bocado a pensar no que ia fazer agora que saí do trabalho,
ainda não me tinha decidido… Que estou eu aqui a fazer na rua a ver este
acidente aparatoso?! Tenho que voltar para o carro… Mas eu estava dentro
daquele carro! Aquele carro é o meu carro! Aquele camião esmagou o meu carro!
Eu estava naquele carro! Não, não estou, estou aqui! Estou aqui a ver o
acidente do meu carro? Porque estou aqui se eu estava ao volante do meu carro a
pensar no que ia fazer quando chegasse a casa depois do trabalho? Porque todos
os dias quando saio do trabalho penso sempre no que vou eu fazer a seguir?
Porque tenho de passar a minha vida a pensar e decidir o que fazer depois do
trabalho? Estou a sentir saudades dos meus amigos! E da minha família! Eu nunca
passo tempo com os meus amigos… Nem com a minha família! Sou tão intransigente
com eles; passo os dias a trabalhar, a pensar e a decidir o que fazer quando
chego a casa! Espera… Eu estou no meu carro! Eu estou a ver o meu acidente de
carro? Eu estou aqui?! Ou eu estou ali?! O que me está a acontecer? Que
sentimentos me estão a chegar agora? O que estou eu a pensar agora? Quero ir
para casa e quero trabalhar! Onde trabalho eu? Onde vivo eu? Eu já não estou
aqui? O que me aconteceu? Quem sou eu? Quem fui eu?! Queria tanto ter sido
feliz… Não pode ter acabado agora… Eu estava a viver um dia normal da minha
vida! Queria ter provado à minha mulher que a amo efectivamente, queria ter
dito “Obrigado” aos meus pais, queria ter convivido mais com os meus amigos,
queria ter tido mais tempo para pensar nos outros, e não tanto em mim! Vivi
mais tempo a trabalhar e a pensar na minha vida que me esqueci de vivê-la
realmente! Agora estou aqui perante o fim da minha vida, perante a vida que não
vivi!</span></div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-36553064418435698742014-01-27T19:12:00.000+00:002014-01-29T23:14:09.539+00:00LuarEspera-me no local de todas as nossas noites, identificar-me-ás ao longe, pois estarei na sombra do luar.<br />
Sente-me a respirar, estarei ladeada dos vapores provenientes da luz que ilumina a noite.<br />
Abraça-me e marca esse negro e iluminado cenário catedrático como símbolo do nosso amor.<br />
Beija-me no escuro da noite, todos os sentimentos que me ofereceres trazer-te-à luz nas trevas da tua vida.<br />
Canta-me uma melodia com todos os teus sentimentos, ouvir-te na sombra tornar-se-à na maior recordação que alguma vez me ofereceram.<br />
Adormece comigo ao luar. Quero contigo amanhecer e contigo iniciar uma nova e eterna jornada na nossa vida.TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-61959636341598965512013-09-17T21:41:00.000+01:002013-09-23T18:58:39.551+01:00O passeio da vida... XINão são momentos especiais que tornam as pessoas únicas; são pessoas especiais que tornam os momentos únicos.TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-44202583906103371782013-05-07T14:44:00.001+01:002013-05-07T14:44:03.251+01:00O passeio da vida... XAs pessoas que não me conhecem e pensam que me conhecem deveriam ir para um hospício conhecerem-se elas próprias.TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-81864160917285166482013-02-07T00:31:00.000+00:002014-01-29T23:20:01.670+00:00Todos precisamos...<span style="text-align: justify;">Às vezes só precisava de alguém que me escutasse na altura
que mais preciso de desabafar. Alguém que valorizasse não só o que digo, mas também
os meus sentimentos, e ao mesmo tempo soubesse, assertivamente, apontar os meus
erros e defeitos. Alguém que não me julgasse e não usasse dos interesses e
sentimentos pessoais para repor a minha razão. Alguém que querendo interceder o
meu pensamento fosse coerente e tivesse em atenção os sentimentos que possuo. Preciso
de alguém que se lembre de mim quando eu de mim esqueço. Alguém que não me
analise ou subestime. Alguém que exista para mim, e que me queira conhecer para
além do que eu me conheço. Ter alguém que sem ligação física seja omnipresente,
sem interesse seja consciente, e sem relação directa seja interveniente.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Realmente
como toda a gente precisa de alguém deste modo, mas ninguém possui porque por e
simplesmente não existem pessoas assim. E nem as pessoas têm que se relacionar
assim… Mas quantos são aqueles que acreditam que existem e caem na loucura de
se negarem e de procurarem incessantemente alguém que o seja? Apenas sendo um
pouco louco, se acredita que a pessoa que escolhemos para o que precisamos é a
pessoa tal como precisamos. Só sendo um pouco louco, se consegue lidar com a
percepção que precisamos de alguém, que não se possui, e que mesmo assim
acreditamos que conseguimos lidar com todas as pessoas sabendo que elas não são
o que precisamos. Só sendo um pouco louco se cria amigos imaginários, metafísicos,
espirituais, ou qualquer outro nome que queiram chamar para suportar tudo
aquilo que necessitamos e sabemos que não existem em qualquer pessoa que
conheçamos. Só sendo um pouco louco se foge para um mundo solitário, longe de
todas pessoas só porque não se encontrou alguém tal como precisamos. Só sendo
um pouco louco se consegue ser normal. Portanto engane-se quem pensa que é
normal, porque “de tolos e loucos todos temos um pouco”. Ou seja, todas as
pessoas precisam de alguém… Alguém que seja um pouco louco para ser (um pouco) o
que precisamos!</div>
TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-82709978931102415272012-11-11T22:12:00.000+00:002012-11-11T22:22:40.193+00:00O passeio da vida... IX"A porta da rua é serventia da casa" e "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura" são dois provérbios populares que nunca deveriam surgir associados!TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-90780755855388427922012-10-16T19:46:00.001+01:002012-10-16T19:46:09.771+01:00O passeio da vida... VIIIInfelizmente nos dias de hoje lidar com a verdade torna-se uma ilusão, pois a realidade é maioria das vezes construída com mentiras!TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-8453620871653540742012-10-07T16:06:00.001+01:002014-01-29T23:18:00.418+00:00O passeio da vida... VIISó uma paixão nos faz esquecer um grande amor... e só um novo grande amor nos faz esquecer tudo o resto!TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-51992150519902803482012-08-10T08:52:00.000+01:002012-08-10T08:52:04.147+01:00Quando estou só...... eu penso em tudo e em nada.<br />
... eu sorrio e choro.<br />
... eu faço tudo ou faço nada.<br />
... eu idealizo e sonho.<br />
... eu imagino e projecto.<br />
... eu entristeço-me perdidamente.<br />
... eu valorizo-me cada vez mais.<br />
... eu reconsidero a minha vida.<br />
... eu fortifico-me intensivamente.<br />
... eu arquitecto o futuro.<br />
... eu equaciono variáveis.<br />
... eu acho sonhos perdidos.<br />
... eu reencontro-me com medos.<br />
... eu surpreendo-me e desiludo-me.<br />
... eu auto-analiso-me.<br />
... eu amo e odeio.<br />
... eu luto, perco batalhas e ganhos guerras.<br />
Quando estou só, eu... essencialmente vivo a minha vida!<br />
<br />TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-79296665501687242992012-08-09T14:24:00.000+01:002012-08-09T14:24:09.130+01:00Abraço da VerdadeJá conto os dias, as horas os minutos para te abraçar!<br />
O abraço da expectativa!<br />
O abraço da decisão!<br />
O abraço da saudade!<br />
O abraço da cumplicidade!<br />
O abraço da verdade!<br />
Preciso de te abraçar para te sentir se é verdade!<br />
Se é verdade que és real, que existes, que te posso sentir, que te posso beijar e que te posso (re)descobrir.<br />
Necessito verdadeiramente do teu abraço, do teu calor, do teu carinho, da tua cumplicidade e da tua existência!TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-66787088347131895372012-07-03T17:49:00.001+01:002012-07-03T17:49:55.785+01:00O passeio da vida... VIPobres de espírito não são aqueles que não possuem qualquer conhecimento acerca do universo. Pobres de espírito são os que detêm o conhecimento e que por si só acham que são o próprio universo.TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-26584030437434469232012-06-23T18:00:00.001+01:002012-06-23T18:00:52.709+01:00O passeio da vida... VSentimentalismos à parte:<br />
<br />
As mulheres só são tolas se quiserem ser...<br />
... se quiserem ser verdadeiramente amadas!<br />
As mulheres que não são tolas, não vivem nem para si, nem para amor algum, e tão pouco viverão alguma vez uma verdadeira paixão!TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-53473878202945876442012-06-22T00:35:00.002+01:002012-06-22T09:24:47.678+01:00Imperfeição perfeita!<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Só me perdendo chegarás à conclusão que estiveste sempre a
ganhar! A vida não se define com cores
ou com músicas, mas também não a vivemos a preto e branco nem tão pouco sem o
som agradável de uma qualquer melodia, portanto… E eu bem sei disso, pois só me
alegro a viver a cores e com excelentes canções! Mas viver a perfeição não é
apenas isto, esta definição não faz da tua vida bela ou perfeita! Vive atento…
a beleza é efémera, é subjectiva, e principalmente, é manipulada. O perfeito
não se conjuga com todos os modos fúteis da vida! A imperfeição existe nas
coisas mais belas da vida. Basta saber observar! Basta saber amar! Basta saber
viver! Basta saber compreender! Vives na ânsia da perfeição, do modelo tipo,
mas isso não existe… Até nas histórias de encantar existem as belas e os
senãos… A perfeição só existe no fim da história, só sabes o que foi perfeito
quando estiveres a chegar ao fim. Só depois de tudo o que nos foi pronunciado,
de tudo o que nos foi realizado, e de tudo o que nos foi oferecido; só depois
de tudo o que foi vivido é que sabemos onde existiu perfeição. Porque viver é
observar a beleza das imperfeições e fazer de tudo o que vivemos algo perfeito
(seja o que desejamos, ou não). E viver assente numa bela perfeição não faz da
tua vida perfeita. A tua vida só será perfeita se aceitares as imperfeições!
Tenta aceitar, basta para isso reflectires no que é perfeito ou imperfeito, e
no que é belo aos olhos e ao coração. Se tudo mudar de tom, de cor, ou de som,
basta-nos contentar com o imperfeito e construir nela uma nova perfeição. Mas
tem cuidado como queres remediar as imperfeições de quem é perfeito para ti. De
certo modo as imperfeições que renegamos e que abominamos, às vezes não passam
apenas de pequenas quimeras que existem na perfeição. E na vida tudo é possível,
podes sempre tropeçar cego na ânsia de uma quimera se transcender a ti. Se isso
te acontecer, não será para te menosprezar, mas para aprenderes a valorizar a
beleza que deixaste perder por não a teres como perfeita. Observa a vida de
outro ângulo! Deixa de te amar apenas, ama o próximo! Vive apenas e só! E,
principalmente, tenta compreender quem te ama de alguma outra forma. Ajusta-te
à beleza das imperfeições. Duvida de tudo o que é perfeito, porque ou já
existiu, ou estará para existir algo imperfeito. Viver com dualidades perfeitas
/ imperfeitas fará a tua vida bela, única, e perfeita… Hoje vivi eu um dia
imperfeito, ontem viveste tu, eu continuei cá para ser aceite com as
imperfeições que faziam de mim perfeita. Pois bem… Só valorizarás a minha beleza
quando verificares que a imperfeição faz parte da minha perfeição!
Desacostuma-te da falsa perfeição, redefine beleza, reaprende a amar, aprende a compreender cada pessoa com base nos defeitos (teus e das pessoas), e vive
essencialmente para fazer alguém feliz. Só assim serás feliz e viverás na
perfeição, e por muitos defeitos que existam na tua vida, acredita só assim ela
será bela e perfeita. E não precisas negar-te ou mudar por mim… Basta ajustar a
beleza do dia-a-dia a cada dia, e reajustar as imperfeições da vida. E acredita
que só me aceitando como realmente sou viverás a perfeição e verás a beleza que
tenho, esteja onde ela estiver! Basta acreditares que para haver perfeição
temos que aceitar a imperfeição!<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-89279315030534797902012-06-20T19:18:00.001+01:002012-06-20T19:18:29.203+01:00Sorrir :)<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acordei com um sorriso pensativo. Daqueles sorrisos em que
me perguntam: “O que estás a pensar?”. Hoje sorri de uma maneira que ninguém
consegue desvendar. Este sorriso que pertencerá apenas e só a quem o souber desmistificar!
Sorrio a pensar no que seria, no que foi, e no que poderia ser… Mas a verdade é
que sorri no que é. E o que é? Pergunto eu todos os dias! A verdade é que sorri
a pensar na resposta a esta pergunta. O que é, depende do que foi, mas em certo
modo, vive assente no que poderá vir a ser. E o que poderá ser? Eu nem quero
saber! Porque se soubesse com certeza não quereria sorrir a tudo. E a verdade é
que apesar de tudo precisarei de continuar a sorrir… Sorrir triste, sorrir
alegre, sorrir frustrada, sorrir confiante, sorrir desconsertada, …, mas sorrir
essencialmente por alguém que venha a ter o meu sorriso como único! E o sorriso
com que acordei hoje foi suspirando por alguém que não desista de me ver
sorrir, alguém que não me faça desistir de sorrir, e que, principalmente, me
faça sorrir de todos os modos que sei sorrir!</div>TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-79882796253898566192012-05-30T17:18:00.000+01:002012-05-30T17:18:10.144+01:00Outra Vida<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
À muito que deixei de sentir, de
reflectir, e de existir. Regressei ao mundo de onde vim, voltei ao mundo em que
todos existem. Percebi que tinha que regressar. E regressei por mim mesmo.
Precisei de voltar para ser quem sou, para existir como sempre existi. A
necessidade de voltar a ser eu levou-me a uma decisão própria, uma decisão
livre e conscienciosa. Precisei de me ver e não me reconhecer para verificar
que tinha que voltar. Voltei para mim e para o meu mundo, o mundo de todos nós.
Aqui habitam todos os que querem ser próprios e únicos, aqui vive-se livremente
na construção de uma vida própria. Ninguém influencia ideais, sentimentos,
pensamentos ou reflexões. Mas todos em uníssono constroem um mundo individual
que se unifica num único mundo, em que todos vivem consensualmente. Sistematicamente
viajo ao mundo onde vivi e observo os erros que todos cometem; os mesmos que eu
também cometi, e que, de certo modo, venho a este mundo saldar. Nessas viagens
verifico a falta de vontade das pessoas em serem únicas e verdadeiras na construção
das suas próprias vidas, só porque não querem deixar de viver em conformidade
com a sociedade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdadeira vida está neste
mundo, onde cada um constrói a vida assente apenas em sentimentos e afectos.
Aqui não habita o ter, apenas reside o ser. Ninguém vive para impressionar,
especular ou insultar; vive-se para sermos únicos <st1:personname productid="em conjunto. E" w:st="on">em conjunto. E</st1:personname> em conjunto
somos o todo em que a sociedade do outro mundo acredita existir neste.<o:p></o:p></div>TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6742251505031523046.post-46252321798270030492012-05-24T20:33:00.002+01:002012-05-24T20:33:36.800+01:00<div style="text-align: justify;">
Sempre que penso em mim idealizo tão pouco, mas acabo sempre por imaginar para além das expectativas. É tão bom sonhar connosco próprios! Sinto-me fascinada quando imagino ou idealizo a minha vida, mas a verdade é que quando penso em mim centro-me essencialmente nos outros. Sinto necessidade de me focar nos outros, como que tivesse a necessidade de viver por alguém além de mim. Deveríamos apenas focar-nos em nós próprios? Possivelmente deveríamos... A verdade é que eu não o faço! Arrependo-me? Nem sei bem se sim ou se não. O facto é que me arrependo tantas vezes, mas nessas mesmas tantas vezes acabo sempre por me perdoar, acabo por não me arrepender. Vivo para os outros e é daí que tiro o prazer de viver. Estas poucas coisas que idealizo e as outras tantas que imagino para a minha vida levam-me a confundir arrependimento com expectativa. A verdade é que a minha vida depende de mim mesma, e por causa disso mesmo, eu acabo sempre por oferecer-me demais aos outros, como que a minha vida dependesse daquilo que sou para os outros. Mas sejamos realistas... Com toda esta maneira de ser corro muitos riscos. A sociedade já não usa estas ideologias nem se rege em função dos outros. E a verdade é que poucos são como eu; já não se vive inteiramente para quem quer que seja. Cada um oferece o que quer de si aos outros. Agir conforme o estereótipo da sociedade actual faz-me desvanecer o desejo que imagino ou idealizo, mas é também com este tipo de pensamento social que aprendo a viver verdadeiramente para mim, desvinculando-me pouco a pouco dos outros. Começo a aprender a oferecer de mim apenas o racional, o que quero e tenho de mim, de uma forma comedida. A vida ensina-nos, mas apesar de tudo tenho a certeza que é oferecendo-nos aos outros que teremos alguém a oferecer-se de volta na nossa vida. A realidade é pobre neste tipo de reciprocidade. Já ninguém se oferece por inteiro ao próximo. Todos vivem egocentricamente, primeiro esperam receber para saber o que oferecer aos outros. A surpresa acontece quando alguém faz o processo contrário, o processo que idealizo e imagino... É claro que ao viver desta forma arrisco-me a não receber a retribuição que tenho em expectativa, mas viver é assim mesmo... Vive-se sempre com a ideia que somos demais para os outros e que os outros poderiam ser um pouco mais para nós. E é só vivendo e oferecendo o que acharmos que devemos oferecer ao próximo que verificamos quem de facto vive por nós. Ainda vivi pouco, mas garantidamente existem muitíssimas poucas pessoas que o farão por mim; a verdade é que durante a vida as maioria das pessoas desapontam-nos muito mais vezes que desejaríamos (do mesmo modo que possivelmente desapontamos os outros muitas vezes), mas como dizia atrás, viver tem destes riscos! O meu escasso tempo de vida já me ensinou que tenho de sentir algo nobre e verdadeiro para saber que terei alguém por inteiro para mim, pois serão essas as pessoas que me farão viver inteiramente por elas. Vou continuar a viver até sentir esses sentimentos reais, nobres e verdadeiros; até lá, viverei essencialmente para mim, como a maioria da sociedade, oferecendo-me convenientemente. Só a viver pensando em mim é que descobrirei quem viverá por mim.</div>TaViTahttp://www.blogger.com/profile/11845349797113053023noreply@blogger.com2