sexta-feira, 25 de março de 2011

Amigo, que te posso dizer?
Que sofro por amor?
Pois teríamos conversas infinitas...
Tu e eu, por amor!
Que semelhança, tu e eu...
A diferença é que eu choro e tu sorris!
Reconfortas-me!
O que me vai na alma
tu sabes,
não sou eu, não és tu.
É ele e apenas ele!
Quem?
O desconhecido do amor.
Aquele que nos atormenta
antes de adormecer,
o que nos faz pensar no outro ele!
E que mais tenho a dizer?
Pode não parecer verdade,
mas estas letras dizem tudo!
A minha amizade por ti,
o meu sofrimento,
e a minha alegria de amar
sacia toda a minha sede de poesia.
Esta poema pode ser
curioso para uns,
ridículo ou insignificante para outros!
Mas para ti que és meu amigo,
e que sorris quando amo...
...este poema será provavelmente
o resumo de todas as nossas conversas de amor!

quinta-feira, 17 de março de 2011

O passeio da vida... # III

Estava à momentos a falar de homens com uma amiga e chegamos à grande conclusão que todos eles têm uma enorme capacidade de tornar o universo deles único. Tudo o que eles dizem tem um fundamento próprio, utópico, inaintrepertável por mulheres. As relações humanas como toda a gente sabe (no mínimo, as mulheres sabem) têm por vezes explicações inquestionáveis. Cada um tem uma relação própria com cada uma das muitas pessoas que conhecem; sejam elas amigos, namorados, família, etc. E estas relações não têm qualquer explicação lógica. Nem todos nós somos educados da mesma forma, nem todos nós amamos da mesma maneira ou com a mesma intensidade e devoção. Os sentimentos não têm definição própria, a meu ver, têm apenas formas de expressão. Formas de expressão essas que eles querem que nós as definamos para depois fazerem a sua redefinição simplista. E quem fala de sentimentos, fala de outras questões existentes na vida de um homem.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Paixão Proibida

Pintura "Nômades Amantes do Tempo" por Bruno Steinbach Silva
Texto publicado em Provoca-me

Ainda me lembro de todos os pormenores. Do som das tuas palavras ao meu ouvido, das cores do quarto de hotel, do cheiro da tua pele, e de todo aquele calor que sentimos. E o teu corpo majestoso, os teus olhos brilhantes, o teu sorriso sedoso, as tuas mãos que tão bem embalavam o meu corpo naquela noite... Ainda consigo sentir o pecado que viveu em mim. A quantidade de adrenalina que se esvaziou para as minhas veias foi tal, que ainda hoje me alimenta o desejo, e com toda a certeza residirá em circulação para sempre. O coração batia cada vez mais acelerado, mas o cérebro negava todos os impulsos. Queria ficar, o desejo sedento de te envolver, de te conhecer e de me entregar como nunca me tinha entregado a alguém. A força das hormonas conseguiu vencer o meu consciente pecador. A tua sedução venceu. Entreguei-me, não sabia como, mas estava ali. Foi ali num clima nunca antes sentido, num ambiente totalmente desinibido e de excitação, que nos entregamos um ao outro.
Lembro-me de a minha razão ter perguntado ao coração se valeria a pena, se tal pecado seria alguma vez perdoado. Perdoei-me mas não foi de imediato. Só muito depois de te ter tido em mim é que realmente equacionei os sentimentos. Perdoei-me porque de uma maneira ou de outra, e apesar de todos os devaneios que habitavam naquele quarto, tudo foi sentido, houve paixão.
Fecho os olhos e revejo aquela noite. Os teus braços abraçavam-me como que a pedir de alguma forma autorização para me teres. E o momento em que tocas nos meus lábios senti que te tinha concedido o desejo. Avançaste com as tuas mãos grandes e aveludadas, e agarraste-me com vigor. Despi-me logo após de te ver despir em escassos segundos. Ambos queríamos aproveitar todos aqueles momentos a medo que o tempo acabasse ou que eu me arrepende-se. E não, não me arrependi, segui em frente. Tocava-te loucamente, abraçava-te tão forte, queria que me sentisses só tua. O calor habitou em nossos corpos, e o meu pecado capital naquela noite viveu em ti.
Reviveria tudo outra vez. Sentiria novamente os teus beijos, o teu calor, o teu desejo... Cairia na tua cama, ter-te-ia novamente em mim, só para encher uma vez mais o coração daquilo que ainda sinto por ti. Arrepia-me a ideia de um dia poder voltar a sentir o teu toque. É tudo passado, é tudo lembrança, e hoje tudo reinventado seria apenas uma quimera. Aqueles minutos já passados, já queimados, de ouro pecaminoso não voltam mais. Agora só o sonho traz ao coração aquela paixão proibida.