sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aqui, ali sou eu!
Difícil de entender,
Difícil de saber o que obter!
Complicar para aceitar!
Simplificar para vencer!
Ter o sonho de ser…
Imprevisível,
Compreendida,
Amada,
Ou simplesmente…
Valorizada!
Eu, com ou sem motivo
Faço falta!
Falta ser eu.
Falto existir em mim.

Poema rebuscado do velho caderninho - 11/Out/2005

domingo, 13 de novembro de 2011

"O Principezinho"

Todos os amantes de literatura e todos os que são apenas namorados, casados ou separados da literatura deveriam ler este belo livro de Saint-Exupéry. Toda uma humanidade o deveria ler uma vez na sua vida, e de preferência após os 20 anos... Eu que já o li quando era criança, lê-lo agora já crescidota fez-me ganhar uma nova perspectiva acerca da sua mensagem. Para quem não tenciona ter nenhum caso com qualquer literatura que seja, deixo a minha escolha das melhores frases deste livro.


«As pessoas grandes gostam de números. Quando vocês lhes falam de um amigo novo, as perguntas nunca vão ao essencial. (…) Se vocês disserem às pessoas grandes: “Hoje vi uma casa muito bonita de tijolos cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombas no telhado…”, as pessoas grandes não a conseguem imaginar. É preciso dizer-lhes: “Hoje vi uma casa que custou vinte mil contos.” Então, já são capazes de exclamar: “Mas que linda casa!”»

«O meu amigo já se foi embora há seis anos com a sua ovelha. Se o tento descrever, é só para não me esquecer dele. É tão triste esquecermo-nos de um amigo! Nem toda a gente teve um amigo na vida! E depois, posso ficar como as pessoas grandes que já não se interessam senão por números.»

«– Sei de um planeta onde há um senhor todo afogueado. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou para uma estrela. Nunca gostou de ninguém. Nunca fez senão contas. E, tal como tu, passa o dia a dizer: “Eu sou um homem a sério! Eu sou um homem sério!” Mas aquilo não é um homem!»

«É bem mais difícil julgarmo-nos a nós próprios do que aos outros. Se te conseguires julgar a ti próprio, és um sábio dos autênticos.»

«E depois ainda pensou: “Julgava-me muito rico por ter uma flor única no mundo e, afinal, só tenho uma rosa vulgar. Ela e os meus três vulcões que mal me chegam ao joelho – um dos quais, se calhar, extinto para todo o sempre – não fazem de mim um grande príncipe…” E, depois na relva, desatou a chorar."»

«(…) – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me perderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo…»

«– Só conhecemos as coisas que prendemos a nós – disse a raposa – Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me  a ti!»

«(…) só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos…»

«– Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.»

«– Os homens bem se encafuam dentro dos comboios, mas já não sabem do que andam à procura. Portanto, não fazem senão andar à roda…»

«Quando nos deixamos prender a alguém, arriscamo-nos a chorar de vez em quando…»