Realmente
como toda a gente precisa de alguém deste modo, mas ninguém possui porque por e
simplesmente não existem pessoas assim. E nem as pessoas têm que se relacionar
assim… Mas quantos são aqueles que acreditam que existem e caem na loucura de
se negarem e de procurarem incessantemente alguém que o seja? Apenas sendo um
pouco louco, se acredita que a pessoa que escolhemos para o que precisamos é a
pessoa tal como precisamos. Só sendo um pouco louco, se consegue lidar com a
percepção que precisamos de alguém, que não se possui, e que mesmo assim
acreditamos que conseguimos lidar com todas as pessoas sabendo que elas não são
o que precisamos. Só sendo um pouco louco se cria amigos imaginários, metafísicos,
espirituais, ou qualquer outro nome que queiram chamar para suportar tudo
aquilo que necessitamos e sabemos que não existem em qualquer pessoa que
conheçamos. Só sendo um pouco louco se foge para um mundo solitário, longe de
todas pessoas só porque não se encontrou alguém tal como precisamos. Só sendo
um pouco louco se consegue ser normal. Portanto engane-se quem pensa que é
normal, porque “de tolos e loucos todos temos um pouco”. Ou seja, todas as
pessoas precisam de alguém… Alguém que seja um pouco louco para ser (um pouco) o
que precisamos!
O retrato surrealista de uma vida concreta que se fixa no abstracto para viver...
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Todos precisamos...
Às vezes só precisava de alguém que me escutasse na altura
que mais preciso de desabafar. Alguém que valorizasse não só o que digo, mas também
os meus sentimentos, e ao mesmo tempo soubesse, assertivamente, apontar os meus
erros e defeitos. Alguém que não me julgasse e não usasse dos interesses e
sentimentos pessoais para repor a minha razão. Alguém que querendo interceder o
meu pensamento fosse coerente e tivesse em atenção os sentimentos que possuo. Preciso
de alguém que se lembre de mim quando eu de mim esqueço. Alguém que não me
analise ou subestime. Alguém que exista para mim, e que me queira conhecer para
além do que eu me conheço. Ter alguém que sem ligação física seja omnipresente,
sem interesse seja consciente, e sem relação directa seja interveniente.
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