Todos os amantes de literatura e todos os que são apenas namorados, casados ou separados da literatura deveriam ler este belo livro de Saint-Exupéry. Toda uma humanidade o deveria ler uma vez na sua vida, e de preferência após os 20 anos... Eu que já o li quando era criança, lê-lo agora já crescidota fez-me ganhar uma nova perspectiva acerca da sua mensagem. Para quem não tenciona ter nenhum caso com qualquer literatura que seja, deixo a minha escolha das melhores frases deste livro.
«As pessoas grandes gostam de números. Quando vocês lhes
falam de um amigo novo, as perguntas nunca vão ao essencial. (…) Se vocês
disserem às pessoas grandes: “Hoje vi uma casa muito bonita de tijolos
cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombas no telhado…”, as pessoas grandes
não a conseguem imaginar. É preciso dizer-lhes: “Hoje vi uma casa que custou
vinte mil contos.” Então, já são capazes de exclamar: “Mas que linda casa!”»
«O meu amigo já se foi embora há seis anos com a sua ovelha.
Se o tento descrever, é só para não me esquecer dele. É tão triste
esquecermo-nos de um amigo! Nem toda a gente teve um amigo na vida! E depois,
posso ficar como as pessoas grandes que já não se interessam senão por números.»
«– Sei de um planeta onde há um senhor todo afogueado. Nunca
cheirou uma flor. Nunca olhou para uma estrela. Nunca gostou de ninguém. Nunca
fez senão contas. E, tal como tu, passa o dia a dizer: “Eu sou um homem a
sério! Eu sou um homem sério!” Mas aquilo não é um homem!»
«É bem mais difícil julgarmo-nos a nós próprios do que aos
outros. Se te conseguires julgar a ti próprio, és um sábio dos autênticos.»
«E depois ainda pensou: “Julgava-me muito rico por ter uma flor
única no mundo e, afinal, só tenho uma rosa vulgar. Ela e os meus três vulcões
que mal me chegam ao joelho – um dos quais, se calhar, extinto para todo o
sempre – não fazem de mim um grande príncipe…” E, depois na relva, desatou a
chorar."»
«(…) – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um
rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de
ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão
uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me perderes a ti,
passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para
ti, eu também passo a ser única no mundo…»
«– Só conhecemos as coisas que prendemos a nós – disse a
raposa – Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as
coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens
já não têm amigos. Se queres um amigo, prende-me a ti!»
«(…) só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para
os olhos…»
«– Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a
tua rosa tão importante.»
«– Os homens bem se encafuam dentro dos comboios, mas já não
sabem do que andam à procura. Portanto, não fazem senão andar à roda…»
«Quando nos deixamos prender a alguém, arriscamo-nos a chorar
de vez em quando…»
5 comentários:
Não poderia concordar mais!
Ler esta obra aos 22 anos de idade (no meu caso) depois de o ter lido ainda pequenina, quase que me pareceu estar a ler uma obra completamente diferente, mas ainda tão pura e realista.
É com grande prazer que leio este blog :)
http://paginasliberdade.blogspot.com/
uma grande obra que li já lá vão alguns muito anos...
Bruna, muito obrigado por seguir o meu blog. E ainda bem, que tal como eu apreciou "O Principezinho" de duas formas tão distintas, mas nunca deixando de ser, como bem disse, tão puro e realista.
;)
ab, leia novamente e diga o que achou!
;)
Tavita, o seu nome e pouco comum e por isso deixou-me na duvida se voce seria um tipo de pessoa diferente das outras.
A senhora sabe alguma historia real soubre uma coisa abstrata,como por exemplo Fadas
O anónimo que aqui se pronunciou a respeito de fadas envie comentário novamente a identificar-se ou com um email (que eu ñ aprovarei para publicação) e então poderemos entrar em contacto um com o outro a respeito desse assunto!
bem haja... Tavita
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