Pobre ódio que alimentas. Que pessoa vazia... Paixões, amores, amizades, e ternuras nunca tidas, nunca lembradas, nunca semeadas... Transbordas de inveja, que só a vês nos outros. Que mais te falta? De que mais precisas? Tem uma história de amor (mesmo que seja fugaz), partilha a tua vida com os demais. Não te focalizes apenas nos óbvios e no politicamente correcto. A tentativa de perfeição nunca te fará perfeito. Menosprezar é de um tão pobre de espírito que atrever-me-ia a dizer que vives em simbiose. Mas lembra-te que nenhuma relação é simbiótica a vida inteira! Depois da simbiose viverás com mais ódio ainda... dos que não amaste, dos que desprezaste, e até dos que deste amor demais e que o seu prazo de reciprocidade expirou! Invejarás quem foi, é e sempre será independente de tudo e todos. Verás que viste nos outros tudo aquilo que és, e que foi um erro focalizar sentimentos penosos. Todos nós amamos, de modos e maneiras tão grotescas, mas se não agirmos nem que seja um pouco de maneira estereotipada como alguém sabe que somos amados? Bastará proferir palavras soltas? Claro que não... palavras soltas leva-as o vento. E os gestos por seu lado ficam, marcam, fazem-se sentir. Não mereces o apreço que tenho por ti. Passo por ti e só me espanto da insensibilidade que me é alvejada. Insensibilidade que aprendi a alvejar também. A vida acostumanos, e se ela souber a amargo é porque da travessa de onde provei a comida tinha esse trago, e com um sabor de fazer franzir o sobrolho, a vida tem que ser franzida também. Não serei eu a única, decerto ninguém (nem eu) revelará falta de interesse; interessa-me apenas ignorar, monesprezar, ... Dar de beber o próprio veneno; armazenei-o, não o preciso de fabricar. Não ajo da mesma maneira, tive que aprender a viver em consequência do teu ser, e só por isto posso dizer que ajo de "igual modo". Podia ter sido de outra maneira... agora só me resta "pena", o sentimento mais desprezível. Pensei que fosses como te pintavam, afinal só te pintam bonito para não ficares ainda pior! Desejo-te o dobro do que me desejas a mim, e não penses que te odeio. Não odeio quem quer que seja só porque me odeia. Não tenho de deixar de te respeitar porque me odeias... tenhas o mundo inteiro para comprar ou para vender. Tenho princípios, cresci com eles, reformulei muitos deles, mas nunca esquecerei que ser eu mesma, e como só eu sei ser, vale muito mais que qualquer imitação cara! Sê feliz, e deixa-me a mim sê-lo também!
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