Um dia destes, depois de mais uma sessão de stress psicológico, pus-me a pensar: Como encontrar a minha paz interior? No momento não havia a menor ideia de encontrar resposta a tal questão. Que me lembrei entretanto? Já que me encontro com nenhum suporte humano para me ajudar nesta busca existencial, porque não procurar quem tem ouvidos para me escutar, e compreensão para apoiar e reprovar. Respirei fundo e assim saí de casa, pronta para resolver um pouco essa minha questão. Posso dizer que foi um dia bom! Procurei uma simpática amizade, um suporte justo e amigo, alguém que surgiu do nada e que irá até onde a vida deixar ! À conta dessa amizade costumo às vezes questionar qual será o mais belo sentimento! É que para mim a amizade tem-me realizado muito mais que qualquer outro sentimento, e até que qualquer outra acção humana; é que nem os meros "miminhos hipócritas" me suscitam qualquer interesse... Gosto da simplicidade humana! E por gostar da simplicidade é na amizade que procuro respostas a todo um mar de dúvidas existenciais! E com isto lá fui eu... Foi relaxante, senti-me livre durante uma tarde, parece-me que talvez tenha encontrado um pouco dessa paz interior. E o mais simbólico foi o ter tempo para dar a mão ao próximo. Aproveitei a ocasião para dar um pouco de mim a alguém... Dar a mão a alguém tão próximo e ao mesmo tempo tão distante... Ser solidário no limite da condição humana é algo indescritível, fez-me sentir humana, diria até que desfrutei um pouco de paz interior. É nestes momentos que verificamos a existência de sentimentos escondidos e que com eles temos força para dar o nosso apoio, mesmo subterrados de problemas (existenciais e não existenciais). E mais: esta ocasião serviu para ver que há pessoas com problemas bem piores que nós, e que estão nem aí com "existencialismos"! Mas como me encontrava (e ainda me encontro acho eu), não uso este tipo de escape, pois possuo uma ideia diferente e mais afirmada: diferentes problemas têm diferentes pesos. Portanto, mesmo verificando que há quem esteja pior, não me chega para me sentir bem, porque não me sinto, muito pelo contrário, só verifico que este mundo está só para quem compra "miminhos hipócritas", deixando-me cada vez mais triste... Enfim... Não quero seguir por ideias divergentes... Foi uma tarde repleta de energia positiva! Uma conversa cheia de aspectos bons, nada comparado com o meu dia-a-dia. Conversar, escutar o que se deseja e o que não se deseja ("levar nas orelhas" honestamente), rir, chorar, passear, descobrir, redefinir horizontes e ideias, ... Aquelas horas foram muito importantes para a resposta à minha questão! É que não foi só a minha amizade que me ajudou na resposta. Parte dessa resposta surgiu nas costas de um livro oferta a um outro que comprei nessa mesma tarde. Ainda não o li, nem sei se o seu conteúdo será do meu agrado, mas aquela frase em tom de resumo nas costas do livro deixou-me perplexa. Estava ali escrito muito do que naquela tarde me tinha sido ensinado. Mas há um senão: faz-me entrar em conflito comigo nos dias que correm, é que eu não acredito que a felicidade esteja assim tão perto!... O livro tem como título "Como Encontrar a Paz Interior" da autora Ellen G. White, e nesse resumo diz:
"Não desespere. A felicidade ainda existe. Está mais perto do que você imagina. O céu pode começar dentro de si. Só depende de uma coisa: da sua escolha. Você pode escolher uma vida diferente, com novas metas. O caminho pode ser difícil, mas há um Amigo que pode ir connosco até ao fim."
1 comentário:
Engraçado... aconteceu no dia dos meus anos :)
Eu também já me desiludi na busca da felicidade mas, concordo com o "não desespere", e quero acreditar que, por vezes, é mais simples do que parece... nós é que complicamos.
É nas pequenas coisas que nos fazem sentir bem que está uma parte da felicidade. Provavelmente é impossível ser totalmente feliz, em todas as áreas ao mesmo tempo mas, é possível ser muito feliz.
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